"Tomei medicamento fortíssimos": Tratou doença que não tinha por 10 anos

8 meses atrás 86

Uma fraqueza súbita em 2011 levou a brasileira Gabriela Trevenzolli, de 32 anos, a ser diagnosticada com esclerose múltipla, uma doença degenerativa. Dez anos depois, uma ida de rotina ao médico trouxe uma notícia inesperada: na verdade, tinha tido um AVC (acidente vascular cerebral).

Quando tudo aconteceu, Trevenzolli estava numa festa com os amigos, sentou-se e, quando ia para se levantar de novo, não conseguia levantar-se ou ficar o pé. "Foi do nada, não tive formigueiro ou outro sintoma", contou, num vídeo na rede social TikTok

"Todo a gente ficou assustada, não sabíamos se poderia ser alguma coisa na minha bebida. A minha boca ficou estranha e foi piorando: mão, braço, perna, pé. Todo o meu lado direito ficou paralisado", deu conta.

Trevenzolli foi levada ao hospital e, em vez de a internarem, mandaram-na para casa a achar que estava embriagada. "Acho que foram imprudentes, porque era nitidamente uma situação bem grave", explicou. 

E continuou: "Não melhorei em casa e, na verdade, fiquei cada vez pior: até conseguia andar, mas tinha muita dificuldade. Voltei ao hospital dois dias depois e, desta vez, fui internada para fazer exames e fui diagnosticada com esclerose múltipla".

Trevenzolli fez pulsoterapia (administração de altas doses de medicamentos durante curtos períodos), ficou internada duas semanas e fez fisioterapia. "Alguns movimentos voltaram com bastante dificuldade e não conseguia levantar o dedinho da mão", explicou.

A mulher voltou para a faculdade mas, como tinha dificuldade em andar, usava cadeira de rodas e fazia através do computador as provas em que precisava de escrever muito porque "era cansativo".

"Durante 10 anos, fiz tratamentos para esclerose múltipla e tomei diferentes medicamentos. Achava que a melhora era por causa dos medicamento e, como não tive mais nenhuma crise ao longo dos anos, era considerada uma 'esclerose múltipla branda'", referiu.

No entanto, há dois anos, Trevenzolli começou a desconfiar que poderia não ser esclerose, depois de um dos exames ter apresentado uma lesão diferente. "Tive um susto, porque pensei que poderia ser algo pior", salientou.

Trevenzolli descobriu que tem trombofilia, o que facilita a formação de coágulos - e que o que teve em 2011 tinha sido, na verdade, um AVC. "Como era muito jovem, ninguém desconfiou na época", acrescentou.

"Tomei medicamentos fortíssimos durante muito tempo de forma desnecessária. Eu pensava: 'será que isso piorou o que tive? Se eu tivesse descoberto antes, será que seria diferente?'", questionou Trevenzolli.

Segundo o atual neurologista da mulher, "os diagnósticos são parecidos". "O cérebro é muito complexo e engana. Pode acontecer o contrário: a pessoa ser diagnosticada com AVC e ser esclerose múltipla — o que seria pior", notou.

"Se fosse esclerose múltipla ou AVC, eu não poderia ter ido para casa naquele momento. Se tivesse sido medicada na primeira hora, talvez os meus sintomas fossem mais leves hoje", lamentou a Trevenzolli. "Foram 48 horas em que fiquei ali, sem ser medicada e, quando falamos de cérebro, isso é muito tempo", frisou.

@gabrielatrevenzolli Um pouquinha da minha historia aqui #fy #foryoupage som original - Gabriela Trevenzolli

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