O Red Star, emblema oriundo de Saint-Ouen (Paris), carimbou o regresso aos campeonatos profissionais: desde 2019 que o histórico clube fundado por Jules Rimet não disputava a Ligue 2. Apesar da derrota na receção ao Dijon por 0-2, os audoniens possuem 12 pontos de vantagem para o FC Martigues, terceiro classificado. Mesmo que os dois clubes terminem a temporada em igualdade pontual, o confronto direto sorri à equipa onde alinha Quentin Beunardeuau, guardião francês com passagens pelo antigo CD Aves, Gil Vicente e Leixões. Jules Rimet entrega o troféu a Giuseppe Meazza @Getty / Keystone Para se falar do Red Star há duas temáticas obrigatórias: a primeira é a incontornável figura de Jules Rimet, fundador do Red Star FC e o pai do futebol francês, sendo ele o fundador da Liga Francesa e da Federação Francesa de Futebol. Aquando do seu mandato como presidente da FIFA, idealizou e tornou realidade o Mundial de seleções. A segunda é a luta política eterna do clube perante o capitalismo (visando especialmente o Paris SG e o Paris FC), sendo abertamente um clube de esquerda. Este assume-se como promotor da igualdade perante todos sem distinção, integrando a comunidade do bairro de Saint-Ouen, maioritariamente composto por imigrantes, na instituição e no futebol. Esta integração de pessoas oriundas do bairro e também de atletas de inúmeras nacionalidades é uma das linhas orientadoras da política de recrutamento do emblema: basta olhar para o plantel da presente temporada, que agrega atletas de dez nacionalidades. Com a subida de divisão matematicamente garantida, cabe agora ao plantel comandado por Habib Beye manter-se na luta pelo título: têm dez pontos de vantagem para com o Chamois Niortais, segundo classificado. vous n'avez rien vu ? 🤔😂 pic.twitter.com/AVFh73dWcN