Redação do Dinheiro Vivo aprova suspensão dos contratos de trabalho

8 meses atrás 59

Em comunicado, os jornalistas do título de economia do Global Media Group (GMG) anunciam que vão “utilizar o site e o caderno semanal do Dinheiro Vivo como meios de luta”.

A Redação do Dinheiro Vivo (DV) decidiu esta segunda-feira, em plenário, avançar com a suspensão dos contratos de trabalho considerando a “total ilegalidade que constitui a falta de pagamento de vencimentos devidos por lei aos trabalhadores”.

Em comunicado, os jornalistas do título de economia do Global Media Group (GMG) anunciam que vão “utilizar o site e o caderno semanal do Dinheiro Vivo como meios de luta”.

A redação do DV acrescenta que “exige aos acionistas minoritários do GMG a clarificação das suas posições bem como os processos negociais em que estão envolvidos e se estes implicam a separação dos títulos e das marcas”, sublinhando que “é imperativo conhecer o futuro, não só do Dinheiro Vivo, mas também dos restantes meios”.

Os jornalistas salientam a “urgência da decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)”, que deverá ser anunciada na terça-feira, numa altura em que são claras as “atuais condições de trabalho no grupo, cada vez mais degradadas e insustentáveis a
curto prazo, repudiando totalmente ser usados como reféns numa guerra de acionistas”.

A redação da publicação assume “repudiar o desinvestimento acelerado e o clima de instabilidade que tem assolado a redação do DV, bem como todas as outras do Grupo”. “Com uma equipa de apenas dez jornalistas – dos quais um diretor e duas editoras – e perante a impossibilidade de recorrer a colaboradores, vitais para o bom funcionamento e diversidade da publicação, o projeto editorial económico do grupo, a marca Dinheiro Vivo, está em perigo – motivos, aliás, que levaram à demissão do diretor, com o qual a redação se solidariza”, detalha o comunicado, recordando a equipa composta por 31 jornalistas na altura da fundação do título, em 2011.

Por fim, a equipa sublinha que “está solidária com todas as formas de luta” dos “camaradas do Diário de Notícias, do Jornal de Notícias, de O Jogo, da TSF, da Global Imagens, dos demais títulos do GMG e de todos os serviços partilhados”, assumindo que “defenderá sempre, de forma intransigente, o Dinheiro Vivo e os seus trabalhadores, em nome dos leitores, do jornalismo e da democracia”.

De recordar que no dia 19 deste mês, os funcionários do JN e d’O Jogo decidiram igualmente em plenário suspender os seus contratos.

Ler artigo completo