Regras para gastos com jogos online provocam perdas de 72 mil milhões em duas empresas chinesas

9 meses atrás 90

Os reguladores chineses implementaram um conjunto de medidas para restringir os gastos e prémios com os jogos online, o que provocou o pânico entre os investidores que pretendem avaliar o potencial impacto nos lucros e em mais restrições no futuro.

De forma a restringir os gastos e prémios com os jogos online e vídeojogos, a China decidiu implementar um conjunto de regras através dos seus reguladores para combater o maior mercado de jogos do mundo. Esta decisão já provocou uma desvalorização no valor de 72 mil milhões de euros de duas das maiores empresas do sector chinesas, a Tencent Holdings e a NetEase, informa a “Reuters” esta sexta-feira.

Os jogos online agora não poderão dar prémios aos jogadores que joguem todos os dias, se gastarem no jogo pela primeira vez ou se gastarem várias vezes no jogo de forma consecutiva. Este conjunto de regras provocou, também, o pânico entre os investidores que pretendem avaliar o potencial impacto nos lucros e em mais restrições no futuro.

As ações da Tencent Holdings, a maior empresa de jogos do mundo, caíram até 16%, enquanto as do seu rival mais próximo, a NetEase, tombaram até 25% após a publicação das regras. Já as ações do investidor em tecnologia Prosus, que possui uma participação de 26% na Tencent, seguiram a queda da empresa, perdendo 14,2%.

Em 2021, a China estabeleceu limites rígidos de tempo de jogo para menores de 18 anos e suspendeu as aprovações de novos videojogos por cerca de oito meses, revelando preocupações com o vício do jogo.

Além de proibir os prémios, os jogos também são obrigados a estabelecer limites sobre quanto os jogadores podem recarregar as suas carteiras digitais para gastos no jogo. O mercado de videojogos da China voltou a crescer este ano, com a receita interna a aumentar 13%, para 38,6 mil milhões de euros.

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