Regresso das taxas de juro a zero seria mau sinal, diz Mário Centeno

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19 jun, 2024 - 12:14 • Filipa Ribeiro , Olímpia Mairos

O governador do Banco de Portugal antecipa resultados negativos do Banco de Portugal até 2026, mas garante de existe uma almofada financeira de provisões que permitem atenuar esses mesmos resultados.

O governador do Banco de Portugal (BdP) entende que as taxas de juro não devem baixar para zero.

Durante uma audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, no Parlamento, Mário Centeno disse que o ideal é que as taxas de juro se fixem nos 2%.

“É o Banco de Portugal a atuar como equilibrador de um sistema que tem ciclos. E este, esperemos que vá amenizar-se”, assinalou.

Para Mário Centeno, “as taxas de juro não vão voltar a zero, idealmente”, considerando que “seria muito mau sinal se isso acontecesse”.

“O ideal seria que as taxas de juro, naquilo que é a nossa estimativa, se aproximassem também elas de 2%. E esse deveria ser, com flutuações em torno desses números, o quadro económico e financeiro mais estável e que teria maior estabilidade para a economia europeia e portuguesa no futuro”, defendeu.

Segundo o governador do BdP, com a taxa de inflação atingir os 10% a situação esteve perto do descontrolo.

Nesta audição, Mário Centeno antecipou resultados negativos do Banco de Portugal até 2026.

O governador do BdP referiu, no entanto, que existe “uma expectativa de todos os bancos centrais de que em 2026 se retome uma situação mais regular em termos dos resultados e do seu sinal”.

Mário Centeno sublinhou ainda que o BdP tem uma almofada financeira preparada e provisões para atenuar os resultados negativos.

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