Reino Unido: próximo Governo vai consolidar a dívida mais moderadamente

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Com o debate político a subir de tom, conservadores querem poupar nos gastos e trabalhistas querem aumentar a despesa reprodutiva.

A Goldman Sachs deu-se ao trabalho de ler os programas dos dois principais partidos do Reino Unido e concluiu que os conservadores pretendem reduzir as receitas fiscais em 11,2 mil milhões de libras (quase 13,3 mil milhões de euros) por ano até 2029. Isso obrigaria a um corte nos gastos em 11,5 mil milhões de libras por ano, “o que implicaria uma despesa muito limitada”, de que a consultora parece duvidar.

Em vez disso, os trabalhistas pretendem aumentar os gastos em aproximadamente 9,5 mil milhões de libras (11,3 mil milhões de euros) por ano em relação aos gastos atuais, com um aumento de 8,6 mil milhões de libras nas receitas fiscais para compensar o impacto sobre o endividamento.

Neste contexto, as expectativas da empresa norte-americana é que a proposta política trabalhista – com gastos e impostos um pouco mais elevados – “conduzirá a uma procura ligeiramente mais forte nos próximos anos. Essa procura seria provavelmente cerca de 0,25% maior que sob as propostas dos conservadores até o ano fiscal de 2028”.

“Essa diferença é um pouco maior que a nossa estimativa anterior, com as novas promessas dos conservadores sobre gastos com assistência social e as contribuições para a Segurança Social a representarem as maiores mudanças.

Embora os planos de ambas as formações impliquem que a consolidação orçamental prosseguirá em geral em linha com as previsões atuais, “continuamos a pensar que os riscos tendem para um ajustamento mais lento do saldo primário. Em particular, há uma probabilidade moderada de que o próximo governo mude as regras fiscais para atingir a dívida líquida global e não a subjacente do sector público”.

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