Reino Unido: Starmer garante reconhecimento do Estado da Palestina

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Novo primeiro-ministro está esta tarde na Escócia, primeira etapa da visita que nos próximos dias fará aos países que formam o Reino Unido.

FILE PHOTO: Britain’s Labour Party leader, Keir Starmer leaves his home in London, Britain May 10, 2021. REUTERS/Toby Melville/File Photo

O novo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse este domingo ao presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que continua firme na sua intenção de reconhecer o Estado da Palestina, tal como refletido nos princípios da campanha do Partido Trabalhista.

Em conversa telefónica, Starmer afirmou que a sua “política de longa data sobre o reconhecimento (da Palestina) para garantir a sua legitimidade internacional e contribuir para um processo de paz não mudou e que é um direito inegável de todos os palestinianos”.

Na conversa, citada pela agência Lusa e a primeira entre os dois desde que Starmer tomou posse na sexta-feira, o novo primeiro-ministro informou Abbas das suas prioridades para a região, incluindo a obtenção de um cessar-fogo e o regresso dos reféns detidos pelas milícias palestinianas. Starmer estabeleceu também o objetivo de facilitar “um aumento e uma aceleração da ajuda humanitária e do apoio financeiro à Autoridade Palestiniana”.

Por seu lado, Abbas afirmou a sua disponibilidade para trabalhar com o primeiro-ministro britânico “para alcançar a paz através de uma solução de dois Estados baseada na legitimidade internacional”, e apelou à “importância do reconhecimento britânico do Estado da Palestina”, segundo um comunicado publicado pela agência noticiosa oficial palestiniana WAFA.

A frente diplomática está em foco nestas primeiras horas do novo governo. O novo ministro das Relações Exteriores, David Lammy, enviou um aviso à China para não se envolver na tentativa da Rússia de oprimir a Ucrânia. Alertando para os perigos que o Ocidente enfrenta com Estados autoritários, Lammy, ao lado do ministro das Relações Exteriores da Polónia, Radislaw Sikorski, disse que “fico preocupado quando vejo drones iranianos a aparecerem na Ucrânia. Preocupa-me quando vejo material da Coreia do Norte a ser utilizado em solo europeu. E, claro, estou preocupado com a parceria que vejo a Rússia intermediar com esses Estados autoritários. Penso que a China deve ter muito cuidado com o aprofundamento dessas parcerias nas próximas semanas e meses”.

Lammy também se referiu a Gaza: “desde o final do ano passado que pedimos um cessar-fogo. Todos nós esperamos que, nos dias que se seguem, o plano Biden possa ser adotado pelo Hamas e, claro, pelo governo israelita, e possamos ver esse cessar-fogo. Queremos ver o regresso dos reféns. E não podemos desviar o olhar da quantidade de pessoas que perderam a vida em Gaza, muitas delas mulheres e crianças”.

Elogiando Lammy pela vitória esmagadora do Partido Trabalhista, Sikorski disse que o governo polaco de coligação, também recém-eleito, é produto do cansaço com os entusiastas do nacionalismo político.

Keir Starmer está esta tarde na Escócia, naquele que será a primeira etapa da visita do primeiro-ministro aos países do Reino Unido nos próximos dias para falar com os líderes das administrações descentralizadas.

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