A HORSE Powertrain Limited é a joint venture entre o Grupo Renault e a Geely para desenvolver e produzir motores de combustão.
Depois de quase um ano em negociações, e com a aprovação de todas as autoridades necessárias, a joint venture equitativa entre o Grupo Renault e a Geely, foi oficialmente criada no último dia 31 de maio.
A nova empresa, batizada de HORSE Powertrain Limited, passa a ser totalmente independente para se concentrar no desenvolvimento de motores de combustão, sistemas híbridos e todas as tecnologias associadas, até no uso de combustíveis alternativos «verdes», como metanol, etanol e hidrogénio.
© HorseEste projeto pode até parecer discordante, se considerarmos as metas da União Europeia e todo o impulso que o automóvel 100% elétrico está a receber em várias regiões do mundo. Porém, até se chegar à eletrificação total o motor a combustão continuará a ser necessário.
“Em 2040 espera-se que mais de metade dos veículos produzidos ainda dependam de motores de combustão.”
Grupo RenaultCom acesso aos recursos já existentes de ambos os grupos, a HORSE Powertrain Limited já dispõe, desde o primeiro dia, de 17 fábricas, cinco centros de investigação e desenvolvimento e cerca de 19 mil funcionários.
“Graças a este projeto, tanto o Grupo Renault como a Geely beneficiarão de um efeito de escala imediato e de um reforço da cobertura do mercado.”
Grupo RenaultExpectativas
A HORSE Powertrain Limited já dispõe de nove clientes com presença em 130 países que passam, previsivelmente, pelas marcas do Grupo Renault e Geely Auto — onde se se inclui a Volvo Cars —, e também pelos construtores da aliança que a Renault tem com a Nissan e a Mitsubishi.
As expetativas é de ter receitas anuais de cerca de 15 mil milhões de euros e uma produção anual de cinco milhões de grupos motrizes.
Matias Gianni, antigo Vice-Presidente Executivo de Vendas e membro da equipa de gestão da Vitesco Technologies AG, foi nomeado diretor geral da HORSE Powertrain Limited.
Este anúncio deveria ter acontecido no início deste ano, mas a aprovação regulamentar por parte da China foi adiada pelo menos três vezes, de acordo com a Reuters.
Além da HORSE, há mais atores na indústria em «salvar» o motor a combustão. Recentemente, a Toyota, a Subaru e a Mazda anunciaram o desenvolvimento de novas gerações de motores a combustão, que podem ser associados a sistemas híbridos e que serão compatíveis com combustíveis neutros em carbono.