Restos mortais do líder do Hamas já chegaram ao Qatar

2 meses atrás 55

O líder do movimento islamita palestiniano, que vivia exilado no Qatar com outros membros do gabinete político do Hamas, será sepultado na sexta-feira neste país do Golfo depois das orações na mesquita Imã Mohammad ben Abdel Wahhab, a maior de Doha.

Para sexta-feira, o Hamas convocou um "dia da ira", tendo como pano de fundo o funeral de Haniyeh, segundo um comunicado divulgado hoje pelo movimento islamita palestiniano, envolvido numa guerra com Israel na Faixa de Gaza desde outubro passado.

O Hamas pretende protestar contra o assassinato de Haniyeh, num ataque atribuído a Israel, apelando a "marchas de ira em todas as mesquitas" após as orações de sexta-feira, considerado o dia sagrado para os muçulmanos.

Haniyeh foi morto num ataque ocorrido na madrugada de quarta-feira em Teerão, onde se encontrava para assistir à tomada de posse do novo Presidente do Irão, reacendendo os receios de uma conflagração regional do conflito em curso em Gaza, num momento em que as tréguas entre Israel e o Hamas parecem cada vez mais distantes.

Na sua declaração, o Hamas apelou igualmente aos palestinianos da Cisjordânia ocupada para demonstrar o seu apoio a Gaza.

"Queremos que afirmem o nosso apego à nossa terra e aos nossos direitos nacionais, e confrontar os planos da ocupação", acrescentou o movimento palestiniano.

Antes do funeral em Doha, a capital iraniana recebeu hoje as cerimónias fúnebres do líder político do Hamas.

Uma multidão em luto assistiu às cerimónias fúnebres, que ficaram marcadas por apelos à vingança.

Na Universidade de Teerão, o líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, recitou a oração pelos mortos em frente aos caixões de Ismail Haniyeh e do seu guarda-costas (que também morreu no ataque), cobertos com a bandeira palestiniana.

Altos funcionários iranianos, incluindo o Presidente do Irão, Massoud Pezeshkian, e o chefe dos Guardas da Revolução, o exército ideológico do país, Hossein Salami, marcaram presença nas cerimónias.

A morte de Haniyeh provocou manifestações em Amã, Rabat, Tunes e nos campos de refugiados palestinianos no Líbano.

JSD // SCA  

Lusa/Fim

Ler artigo completo