Pela primeira vez, a Coreia do Norte divulgou imagens que mostram o retrato do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ao lado dos retratos do seu pai, Kim Jong-il (1994-2011), e avô, Kim Il-sung (1948-1994).
Esta exibição, destaca a imprensa internacional, é um passo para elevar o estatuto de Kim. As imagens foram divulgadas, esta quarta-feira, pela agência noticiosa estatal KCNA e mostram o retrato do líder norte-coreano ao lado do dos seus antecessores.
Retratos de grande dimensão foram vistos na parede de um edifício e versões mais pequenas numa sala de aula, enquanto Kim falava com funcionários, na recente inauguração de uma escola.
De notar que, quando o ditador visitou a escola pela última vez, na quinta-feira, o seu retrato não aparecia na parede, segundo as fotografias divulgadas na altura.
Não se sabe se o retrato também foi pendurado ao lado dos outros em mais locais do país. É de realçar que os retratos dos líderes da Coreia do Norte figuram em, praticamente, toda a parte, desde o metro aos escritórios e casas.
"A decisão do presidente Kim de trazer de volta as fotografias do seu pai e do seu avô, juntamente com a sua fotografia nas paredes, pode ser interpretada como um passo simbólico para enviar a mensagem de continuidade hereditária", disse Cheong Seong-Chang, diretor do Centro para a Estratégia da Península Coreana no Instituto Sejong em Seul, Coreia do Sul, citado pela NBC News.
Os especialistas acreditam que o líder norte-coreano pode ter sentido necessidade de solidificar a sua posição pública, já depois de no mês passado ter sido lançada uma nova música – e um videoclipe – a elogiar o líder Kim Jong-un por ser um "pai amigável".
Noticias desde la única y legítima Corea: Después de más de 12 años de impecable gestión, Kim Jong Un ya tiene su propio retrato el cual parece que va a ser oficializado para uso obligatorio en edificios públicos y casas particulares (igual que el de su abuelo y su padre) pic.twitter.com/0CcDTPZTFd
— Unidad Básica Yuri Gagarin (@mttfacundo) May 22, 2024Leia Também: Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"