Reunião? "Tenho forma de provar. Mostra amadorismo de Montenegro"

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O presidente do Chega, André Ventura, falou, esta sexta-feira, sobre o acordo que diz que lhe foi apresentado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro - e que consistia em que o partido liderado por Ventura integrasse o Executivo, através de um acordo de governação, em troca da viabilização do Orçamento do Estado

Em relação às declarações do chefe de Governo, Ventura disse que "hoje ficou bem claro que o primeiro-ministro não quis desmentir que esta reunião tivesse existido", afirmou, referindo-se a um encontro que diz ter acontecido a 15 de julho.

"Esta reunião aconteceu na casa do primeiro-ministro, por causa do Orçamento do Estado, aconteceu para um acordo do Orçamento do Estado", reforçou em entrevista ao canal News Now.

Questionado sobre se tinha forma de provar que a reunião aconteceu, Ventura disse: "Tenho forma de provar. Depois de ter sido ele a começar esta novela de desconsideração, estou a dar ao primeiro-ministro a hipótese de confirmar isto. Tenho forma de demonstrar que houve uma reunião nesse dia. E tenho forma de demonstrar quem é que me convocou para ela e quem é que me pediu para lá ir".

"Do chefe de gabinete a todas as forças de segurança que estão na residência de São Bento e aos funcionários, é de uma imprudência estar a negar esta reunião. Só mostra o amadorismo que Luís Montenegro tem nesta matéria", considerou, sublinhando que no encontro apenas esteve Ventura e Montenegro.

"Na sexta-feira anterior, o chefe de gabinete do primeiro-ministro, contactou-me para falar precisamente com o primeiro-ministro", atirou, datando a marcação do encontro que terá acontecido.

"Porque é que o primeiro-ministro não diz só isto: 'Eu encontrei-me com o Chega, entendi que devia fazer um acordo com o Chega", questionou, acrescentando: "Enquanto andava a dizer que o PS não era de confiança, que com o PS não queríamos nada, que Pedro Nuno Santos é infantil e que não serve. Mas, ao mesmo tempo, tentei que o Chega me viabilizasse o Orçamento com um acordo pontual".

Sublinhando que as declarações desta sexta-feira não são um desmentido, Ventura atirou: "Se o primeiro-ministro-me vier desmentir, que me venha desmentir. Que diga que é tudo falso. Eu não sonho com acordos de Orçamento do Estado".

Questionado sobre qual a data em que divulgará as provas de que a reunião aconteceu, Ventura foi vago: "É o bom senso do primeiro-ministro".

Ventura disse ainda que o Executivo deveria ter divulgado em prol da "transparência" que esta reunião aconteceu, já na altura, mas referiu que lhe foi pedido segredo. "Entendi que, a pedido do Governo, ela se devia manter secreta. Eu alinhei nesse argumento", atirou.

[Notícia atualizada às 22h51]

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