O primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, fez, esta sexta-feira, a sua primeira aparição pública desde a tentativa de homicídio de que foi alvo no passado mês de maio.
De acordo com a Reuters, Fico discursou perante a nação, pela primeira vez, para assinalar o Dia dos Santos Cirilo e Metódio, feriado na Eslováquia.
Recorde-se que o primeiro-ministro eslovaco foi baleado quatro vezes à queima-roupa e esteve hospitalizado durante duas semanas. O ataque aconteceu quando saía de uma reunião governamental realizada na cidade de Handlova.
Robert Fico, de 52 anos, recebeu alta hospitalar no final de maio para continuar a sua recuperação na sua casa na capital, Bratislava.
O autor do ataque ao primeiro-ministro eslovaco foi acusado de tentativa de homicídio, tendo o governo eslovaco dito tratar-se de um crime que teve motivação política.
O chefe do Governo eslovaco, Roberto Fico, foi submetido a várias cirurgias.
Na ocasião, ministro do Interior, Matus Sutaj Estok, disse que o autor, que foi detido após o ataque, admitiu que o crime teve motivações políticas.
O governante revelou que o homem não pertencia "a nenhum partido extremista, nem de esquerda nem de direita" e que era um 'lobo solitário' (um atacante que atua sozinho).
O ministro do Interior indicou ainda que o suspeito disse seguir a "atentamente a situação política" e que indicou como razões para o seu ataque medidas do Governo de Fico, no poder desde outubro do ano passado, a abolição do gabinete especial do procurador, o fim do apoio militar à Ucrânia, a alteração do estatuto da televisão pública e o afastamento do presidente do tribunal especial.
"Estas são as razões por que [o autor] se opõe às políticas do atual governo e por isso decidiu tentar assassinar o primeiro-ministro, com quem não concorda politicamente. Os seus passos e decisões foram acelerados após as eleições presidenciais, tendo ficado insatisfeito com os resultados das eleições que decorreram há um mês" - nas quais foi eleito Peter Pellegrini, mais próximo ideologicamente de Robert Fico -, segundo Estok.
O autor participou também em "múltiplos protestos anti-governamentais, que foram organizados desde o ano passado", acrescentou.
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