Robôs humanoídes deixaram a ficção científica para entrarem noutra saga “Star Wars” que é revolucionar a economia

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Há uma semana, na polémica assembleia de acionistas da Tesla, Elon Musk previu que a fabricante de automóveis elétricos, um dia, valesse 30 biliões de dólares, devido aos seus robôs Optimus, que até prova em contrário ainda só dançam e dobram roupa. Qual a viabilidade? Onde é que a robótica pode ajudar empresas e sociedade? Desde logo, por poderem entrar no mercado de trabalho com um custo-capacidade inferior a 10 dólares/hora, prevê um ‘think-tank’.

Elon Musk está (mesmo muito) entusiasmado com os robôs humanoides. Acredita que ficarão encarregues das tarefas domésticas, do trabalho nas fábricas, da educação dos nossos filhos e de contribuir para a capitalização das empresas – a começar por uma das suas. Na semana passada, depois de ver aprovado um cheque chorudo na Tesla, lançou a previsão de que os robôs humanoides que criou farão com a que a empresa atinja uma capitalização bolsista de 25-30 biliões de dólares (cerca de 23-28 biliões de euros) nos próximos anos. Para se ter uma ordem de grandeza, é quase dez vezes o valor da cotada mais valiosa do mundo e mais de metade do S&P 500.

Será viável? E as pessoas, onde ficam no meio de toda esta robótica e Inteligência Artificial (IA)? O Jornal Económico (JE) contactou especialistas de diversas áreas para tentar perceber que caminho terá este progresso tecnológico, sobretudo, quando em Portugal praticamente só temos robôs a servir às mesas de restaurantes e a fazer check-in em hotéis, mas se voar até aos Estados Unidos (EUA), para cidades como São Francisco ou Los Angeles, já pode apanhar um táxi sem qualquer motorista.

Tesla, a Microsoft das próximas décadas?

Sobre a capitalização de mercado à boleia dos robôs humanoides, as fontes mostram-se convictas disso, embora a maioria considere improvável chegar àquela dimensão. O economista Paulo Monteiro Rosa criou um rácio para analisar a seguinte hipótese: se a Tesla valer 30 biliões no futuro, supostamente 10% do PIB dos EUA. “A uma taxa de crescimento anual de 4,8% (27,4 biliões de dólares x [1+0,048]^51 = 299 biliões de dólares), tal só seria possível em 2075, daqui por 51 anos. Em boa verdade, 51 anos é muito tempo e no «longo prazo estaremos todos mortos». Ou a Tesla será a dona disto tudo nos próximos anos ou Musk estará errado”, explica.

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