Benjamín Rollheiser já foi do oito ao 80, no Benfica, desde que Bruno Lage sucedeu a Roger Schmidt no comando técnico. O jogador argentino de 24 anos até foi titular pela mão do treinador das águias nos primeiros dois jogos, mas depressa perdeu o lugar, tendo, inclusive, ficado três jogos consecutivos sem sair do banco, regressando, por fim, no último sábado para jogar contra o Farense a três minutos do apito final.
Ora, Bruno Lage havia dito, em conferência de imprensa, de antevisão ao jogo no Algarve, que estava satisfeito com as prestações de Rollheiser, mas lembrou que é preciso "continuar a trabalhar", algo que o argentino deve ter feito para voltar a merecer minutos.
"É igual aos outros. Só podemos escolher onze e rodar cinco. Gostamos das prestações dele. Tem de continuar a trabalhar por uma oportunidade que pode surgir amanhã ou no jogo seguinte. Temos várias soluções. O que os jogadores têm de fazer é continuar a trabalhar para ter oportunidades. O que digo a ele, digo aos outros. Temos o exemplo do Schjelderup (...) Damos todas as condições para os jogadores treinarem e estarem bem. Não há um plano em particular. É para a equipa", explicara Bruno Lage.
Vamos à linha cronológica do eclipse Rollheiser.
O jogador argentino chegou à Luz em janeiro, mas depressa se percebeu que a ideia passava por ter tempo de adaptação para que fosse, de facto, aposta para esta época.
Roger Schmidt até começou a utilizar Rollheiser, no meio-campo, recuando-o de extremo para número 8, mas uma lesão, ainda na pré-época, roubou-lhe o protagonismo e atrasou-o na afirmação na Luz. De resto, o primeiro jogo em 2023/2024 foi já no final de agosto, ante o Estrela da Amadora, antes de ser novamente suplente utilizado na visita ao Moreirense, que acabaria por ditar o despedimento de Roger Schmidt.
Segue-se, então, a entrada de Bruno Lage e um lugar no onze titular nos primeiros dois jogos, frente a Santa Clara e Estrela Vermelha, mas, depois, tudo mudou.
Contra o Boavista, não saiu do banco de suplentes, somando minutos contra Gil Vicente e Atlético de Madrid. Contra o Pevidém, na Taça de Portugal, Rollheiser regressou ao onze titular, mas apenas esteve em campo por 66 minutos. A exibição do argentino na prova rainha parece não ter impressionado Bruno Lage, que não lhe deu qualquer minuto nos seguintes duelos com Feyenoord, Rio Ave e Santa Clara.
No passado sábado, e já depois do treinador das águias ter dito que era preciso "continuar a trabalhar" e que "a oportunidade podia aparecer amanhã ou depois", Rollheiser voltou às opções de Lage, mas por apenas três minutos, mais descontos, no Estádio do Algarve.
Resta, agora, saber se o ex-River Plate, que custou 9,5 milhões de euros aos cofres do Benfica, vai voltar a merecer a confiança de forma mais recorrente por parte de Bruno Lage.
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