Rúben Amorim: «Foram dias difíceis, talvez os mais difíceis que já vivemos»

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Depois da derrota na Supertaça (3-4, com o FC Porto), o campeão nacional Sporting dá o pontapé de saída oficial nesta nova edição da Liga Portugal Betclic ao receber, esta sexta-feira, o Sporting. Rúben Amorim, técnico leonino, fez a antevisão da partida e abordou diversos temas, com destaque para a semana «difícil», depois dessa derrota, com olhar para o Rio Ave.

Ressaca da Supertaça: «Foram dias difíceis, talvez os mais difíceis que já vivemos. É uma derrota, pelo título e pela situação em si. O jogo era a primeira coisa que nos vinha à cabeça ao acordar. Agora só temos que olhar para o jogo, esquecer o resultado, esquecer o contexto e melhorar o que temos a melhorar. Trabalhámos várias coisas e preparámos este jogo com o Rio Ave, que é uma competição diferente. Nada como jogar outra vez para curar.»

Caso Nuno Santos: «A nossa grande preocupação é com a Rita e sabemos que está a recuperar bem. Aconteceu algo grave e que podia ter consequências ainda mais graves. Agora, vai-se apontar dedos, vários dedos. A responsabilidade vai ser apurada. Houve um comunicado do pai e da Câmara Municipal de Aveiro, com duas versões diferentes. Dou mais valor à pessoa que estava lá e tem uma observação diferente. Não quero tirar responsabilidades aos meus jogadores, mas não os vou crucificar. Quanto ao Nuno Santos, basta ver a preocupação dele nos corredores, não com a situação, mas com a Rita. É um impacto na vida de uma pessoa. Estamos aqui para ajudar no que for preciso. Queremos ajudar a que volte ao estádio e a recuperar.»

Resultado na Supertaça: «Semana difícil, sentimento de uma equipa cada vez maior, que sente mais as derrotas. Não posso falar muito com os jogadores. Uma equipa que está a ganhar por 3-0 e se deixa perder por 3-4, o grande responsável é o treinador. Não o senti. Senti que a equipa estava bem. Devíamos ter tido outra concentração. Não tive conversa especial com eles. Todas as semanas falo com eles de certas situações que acontecem. Seguimos em frente.»

Pressão acrescida: «Temos sempre pressão. Obviamente queremos muito ganhar este jogo por todas as condicionantes que aconteceram na Supertaça. Estou aqui com umas preocupações completamente diferentes do que se tivéssemos ganho a Supertaça. A semana teria sido melhor, a confiança maior, mas não muda nada. Este jogo é que vai ter importância.»

Porque ficou no Sporting: «Tudo me fez ficar e razões pessoais. Gosto de estar aqui, porque o clube me quer e podemos fazer algo que não é feito há 70 anos. Queremos ser bicampeões. Vai ser muito difícil, como comprovávamos na Supertaça. Tenho contrato e vontade de ficar.»

Opções para o ataque e alternativa a Gyokeres: «O plantel pode melhorar, estamos a fazer por isso. Temos alvos bem definidos e não desistimos deles até que seja impossível. Não estou preocupado. Queremos melhorar o plantel, mas temos equipa para vencer o Rio Ave. Ioannidis? Não falo em nomes, mas vamos ver o que acontece.»

Gyokeres discutiu com plantel? «Não se passou nada. Gyokeres não discutiu com os colegas. Começa a falar sueco sozinho e foi isso que se passou. Não houve intervenção da minha parte.»

Confiança em Kovacevic e Debast: «Não vou dizer quem vai ser titular, porque isso ajuda a preparar o jogo, mas têm toda a confiança do treinador. O importante é os jogadores conhecerem o treinador e estou zero preocupado. Não vou tirar um jogador à primeira coisa que acontece. Tudo vai acabar por correr bem.»

St. Juste e lesionados: «O Jer ainda está com a sua família a fazer tratamento. O Rafael Nel está muito melhor. O Nuno Santos, apesar de psicologicamente abatido com a situação, está a recuperar muito bem, a precisar de jogar e nós precisamos muito dele. Gostamos muito dele, conhecemos a essência dele.»

Novidades no Rio Ave: «Rio Ave pode surpreender, mas não só pelos reforços, mas porque é um treinador muito bom e mudou completamente a forma como jogou em Alvalade, para a 2ª volta, em relação a Vila do Conde. Vai haver algo novo neles, que nos pode surpreender. Tem mais jogadores de posse agora, em vez de velocidade, porque perderam o Aziz e o Boateng, o Fábio Ronaldo estava em dúvida e deve jogar, mas se for o Kiko Bondoso é completamente diferente. Tem uma saída a quatro com o médio defensivo, são bons nas bolas paradas. Estamos preparados, mas queremos é implementar o nosso jogo.»

Reação de Kovacevic e Debast aos erros: «Tentar fazer uma avaliação fora os erros. É difícil. Um central não pode errar, porque dá golo, como o guarda-redes. Estiveram bem, abatidos, mas a querer o próximo jogo. É importante sentir. Estão preparados para jogar e prontos para mais um desafio.»

Sporting candidato ao título: «Favorito não, mas temos uma responsabilidade diferente. Todos já olham para o Sporting de forma diferente. Houve anos em que éramos outsiders, mas agora já olham para nós como candidato. Temos que viver com isso

Lesão de Trincão: «Trincão não tem nada. Saiu do treino e foi para casa. Disseram-me hoje. Está apto e pronto. Num bom momento para nos ajudar a ganhar.»

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