Rui Águas: «Roubaram-me o meu primeiro ordenado no autocarro»

2 horas atrás 34

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Campeão no Benfica e no FC Porto, lembra os momentos marcantes: da mentira que o levou a ser avançado aos golos marcados com um osso partido

Afazer uma pausa na carreira de treinador, Rui Águas é atualmente comentador na Benfica TV. O antigo futebolista falou com a SÁBADO na sua casa, nos arredores de Lisboa, e foi desafiado a lembrar a carreira de jogador (em que foi quatro vezes campeão, três no Benfica e uma no FC Porto) e de treinador através de alguns objetos marcantes. Entre os que escolheu estão a bola do hat-trick aos dragões, em 1986/87; uma almofada atirada da bancada no Mundial do México 86; e a camisola de campeão no Zamalek (Egito), como adjunto de Jesualdo Ferreira.

O ordenado roubado
José Águas terminou a carreira em 1964 e por isso o filho Rui, que tinha 4 anos, nunca o viu jogar. Mas tornaram-se logo "parceiros de bancada". "Comecei a ir ver os jogos com ele ao estádio da Luz com 5 ou 6 anos", lembra. Rui era "doido por futebol" e aos 10 anos foi tentar a sua sorte no Benfica, "numa altura em que arrancou o projeto das escolas de formação, era treinador o húngaro Lajos Baróti". "Estive lá alguns meses, mas nunca joguei como federado, foi num período inicial, nem havia torneios", diz, recordando que a herança do pai "era um grande peso", e por isso virou-se para a sua outra paixão: o voleibol. "Fui federado seis anos, primeiro no Liceu Pedro Nunes e depois no CDUL", conta. Regressaria ao futebol por influência de um colega, que o levou para o CAC da Pontinha – destacou-se e aos 17 anos foi para os juniores do Sporting. "A meio da época tive um problema num adutor, estava numa fase de crescimento e aquilo nunca mais passava." Só voltaria a jogar aos 20 anos, no Sesimbra, mas foi no Sporting que começou a pensar ser futebolista, até porque já recebia. "Pagavam-me 2.500 escudos, e o primeiro ordenado roubaram-mo, ia no autocarro e roubaram-me a carteira, foi uma grande tristeza."

Por Sábado

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