Rússia alega segurança para limitar acesso da ONU a central nuclear

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A agência da ONU lamentou na quarta-feira o facto de os seus peritos terem sido impedidos de aceder a várias partes da central.

"Durante as duas últimas semanas, não lhes foi permitido o acesso às salas dos reatores das unidades 1, 2 e 6", declarou a agência da ONU em comunicado, considerando tratar-se de um situação inédita.

O chefe da agência atómica russa Rosenergoatom, Renat Kartchaa, justificou a decisão com medidas de segurança.

"Quando o compartimento de um reator está selado e confinado, o pessoal da central só pode estar presente em situações de emergência ou para realizar trabalhos de rotina", afirmou, segundo a agência francesa AFP.

"Um compartimento, e em particular um compartimento selado, não é um museu ou uma área de livre circulação", acrescentou.

A central, a maior da Europa, está sob o controlo russo desde março de 2022, pouco depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia.

A central foi várias vezes atingida por cortes de energia ligados aos combates e o exército russo acusa regularmente a Ucrânia de a ameaçar.

Trata-se de uma situação precária que faz temer um acidente nuclear grave, apesar da presença de peritos da AIEA no local.

As tensões entre Moscovo e Kiev sobre este assunto são recorrentes e a AIEA atua como mediadora, garantindo a segurança do local juntamente com os russos.

Na quarta-feira, a agência da ONU lamentou o facto de os seus peritos terem sido impedidos de aceder a várias partes da central.

A central elétrica de Zaporijia está situada em Energodar, ao longo do rio Dnieper, que funciona como uma linha da frente natural entre russos e ucranianos.

O local fica também a 50 quilómetro em linha reta a sudoeste da cidade de Zaporijia, capital da região com o mesmo nome.

Zaporijia é uma das quatro regiões ucranianas anexadas por Moscovo desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, juntamente com Donetsk, Lugansk e Kherson.

A Rússia já tinha anexado a pesnísula ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem as anexações e Kiev exige mesmo a retirada do exército russo de todo o território nacional,m incluindo a Crimeia.

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