Rússia coloca aliada de opositor Navalny em lista de pessoas procuradas

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"Maria Konstantinovna Pevtchikh é procurada ao abrigo de um artigo do código penal", lê-se na base de dados do Ministério do Interior russo sem ser especificado o artigo em causa.

Maria Pevtchikh vive exilada em Londres e já era considerada pelas autoridades russas como uma "agente estrangeira", conceito pejorativo que condena o visado a buscas da polícia e outras medidas punitivas.

A inclusão na lista de procurados impede esta crítica do regime de regressar à Rússia sob pena de ser presa.

A ativista reagiu, publicando na rede social X (antigo Twitter) a palavra "Perigosa!", acompanhada da sua fotografia no 'site' do ministério russo.

O Fundo Anticorrupção de Navalny foi declarado extremista pelas autoridades russas em 2021 e este está a cumprir uma pena de 19 anos de prisão.

Os apoiantes do opositor, preso no início de 2021 depois de sobreviver a uma tentativa de assassinato por envenenamento que atribui ao Kremlin, não têm notícias suas há mais de duas semanas.

Os familiares e amigos de Navalny receiam que o opositor tenha sido transferido para outra prisão com um regime mais rigoroso, procedimento que, muitas vezes, leva semanas a descobrir, já que a Rússia tem o seu enorme território repleto de estabelecimentos penitenciários herdados da era soviética e muitos estão localizados em regiões isoladas do país.

"Alexei [Navalny] deveria ter ido uma audiência [em tribunal] agora. Não apareceu novamente", lamentou hoje a porta-voz exilada do ativista anticorrupção, Kira Iarmich.

"Já se passaram 16 dias desde que tivemos informações sobre Alexei", adiantou.

Várias organizações não-governamentais (ONG) internacionais e autoridades estrangeiras admitiram nos últimos dias estarem alarmadas com o desaparecimento de Navalny.

Todos os opositores da presidência russa (Kremlin) têm sido classificados como "agentes estrangeiros", muitos deles estão presos e, em alguns casos, mortos.

Sem oposição ativa, o Presidente russo, Vladimir Putin, pretende conquistar um novo mandato de seis anos à frente do Kremlin em eleições presidenciais marcadas para março do próximo ano.

Leia Também: Perita da ONU alarmada com desaparecimento de Alexei Navalny

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