Rússia envia 23 mil toneladas de fertilizantes para o Zimbabué

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, o carregamento de 23 mil toneladas irá de Riga, na Letónia, para a Beira, em Moçambique, sendo depois transferido para Harare, no âmbito de uma parceria com as Nações Unidas para combater a fome a nível mundial.

"Da Beira, os fertilizantes serão transportados por terra para o Zimbabué, num carregamento que contém potassa e fertilizantes NKPS, e que é facilitado pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, que fretou um navio para transportar este carregamento", escreve a Bloomerg, citando um comunicado do grupo russo Uralchem, o produtor dos fertilizantes.

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, é um dos mais próximos aliados de Vladimir Putin, e lidera um país empobrecido e com falta de fertilizantes para potenciar a época de plantação, que começou em outubro e vai até março.

A Uralchem, dona dos fertilizantes, diz que já enviou cerca de 100 mil toneladas de fertilizantes para África, com mais de 77 mil toneladas a serem carregadas em portos da União Europeia para países como o Malaui ou o Quénia.

"Como um dos principais fornecedores de fertilizantes minerais para os mercados internacionais, incluindo África, e uma empresa cuja nobre missão é criar um mundo sem pobreza, temos o nosso papel excecional em fazer o que for preciso para garantir a segurança alimentar nas partes do mundo onde as pessoas podem enfrentar falta de alimentos", disse o presidente executivo da Uralchem, Dmitry Konyaev.

O continente africano foi severamente afetado na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, dois dos principais fornecedores de fertilizantes agrícolas a África, um continente onde a agricultura representa a maior atividade económica e o sustento da maior parte da população.

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