Rússia "continua inclinada para negociações" mas com "parceiro legítimo"

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A Rússia ainda está inclinada a negociar com Kyiv, mas precisa de perceber quem tem o grau de legitimidade necessário para negociar em nome da Ucrânia, afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Galuzin.

"E claro que precisamos de perceber quem será o parceiro legítimo", afirmou o diplomata, em declarações à Tass, à margem do Fórum Económico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).

Segundo Galuzin, a parte russa "continua inclinada para as negociações". "Esperamos que, em primeiro lugar, o Ocidente deixe de 'encher' o regime de Kyiv de armas. Também esperamos que Kyiv levante a proibição autoimposta de negociar conosco", salientou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros.

Recorde-se que o presidente russo, Vladimir Putin, considerou, no final do mês passado que o único poder legítimo na Ucrânia pertence agora ao parlamento ucraniano e não ao presidente, alegando que o mandato de Volodymyr Zelensky terminou em 20 de maio.

"A Constituição ucraniana prevê a extensão dos poderes, mas apenas da Rada [parlamento ucraniano], e não diz nada sobre a extensão dos poderes do presidente", afirmou Putin no final de uma visita ao Uzbequistão.

O presidente russo reconheceu que a lei ucraniana proíbe a realização de eleições presidenciais enquanto estiver em vigor a lei marcial, mas disse que isso não significa que as funções do atual chefe de Estado sejam automaticamente alargadas.

"A Constituição [da Ucrânia] não diz nada sobre isso", afirmou, insistindo que "de facto, as funções presidenciais passaram para o chefe do parlamento ucraniano".

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