"O inimigo está completamente atolado em combates de rua em Vovchansk e sofreu perdas muito pesadas", afirmou o general Oleksandre Syrsky numa mensagem nas redes sociais citada pela agência francesa AFP.
Segundo Syrsky, a Rússia foi forçada a enviar reservas para continuar o assalto.
Mais a sul, na mesma região de Kharkiv, os russos também estão a atacar o setor de Kupiansk há quase um ano.
"A situação é complicada em Kyslivka, onde o inimigo está a tentar romper as nossas defesas e chegar ao rio Oskil", disse o general.
As tropas russas têm em curso desde 10 de maio uma ofensiva na região de Kharkiv, que faz fronteira com a Rússia, onde reivindicaram a conquista de várias localidades.
Algumas dessas localidades tinham sido recuperadas pela Ucrânia em 2023, durante uma contraofensiva lançada no verão que teve resultados modestos.
Segundo Kiev, a ofensiva em Kharkiv visa levar à rutura as linhas defensivas ucranianas, enfraquecidas por dois anos de guerra.
O exército ucraniano queixa-se também da falta de novos recrutas e da escassez de armamento devido a meses de hesitação do Ocidente em relação à ajuda militar.
A Rússia afirma ter lançado a ofensiva de maio no nordeste da Ucrânia para criar uma zona tampão que impeça os ataques ucranianos em território russo.
No Donbass (leste), o general Syrsky relatou confrontos ferozes nas zonas de Chassiv Iar, Pokrovsk e Kurakhove, onde os russos têm vindo a ganhar terreno há meses, sem conseguirem, por enquanto, um avanço decisivo.
Em Moscovo, o Ministério da Defesa divulgou hoje imagens do que disse ser o içar da bandeira russa em Klishchiivka, na região de Donetsk (Donbass), noticiou a agência russa TASS.
"Nas imagens são visíveis os corpos dos soldados das Forças Armadas ucranianas, abandonados no campo de batalha durante a retirada do exército ucraniano da zona povoada", disse o ministério.
"O vídeo também captou o momento em que a bandeira nacional russa e uma cópia da bandeira da vitória foram desfraldadas na zona povoada", acrescentou.
As informações divulgadas pela Ucrânia e pela Rússia sobre curso da guerra iniciada em fevereiro de 2022 não podem se confirmadas de imediato de forma independente.
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