S&P segue Moody’s e corta rating da dívida de Israel para ‘A’

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Esta descida pela S&P não estava calendarizada, acontecendo antes do ataque iraniano, mas a manutenção de um outlook ‘negativo’ deixa em aberto a possibilidade de novas descidas.

A S&P cortou a notação dos títulos de dívida de Israel de ‘A+’ para ‘A’, em linha com o que a Moody’s havia feito na semana passada, dado o risco geopolítico agravado e as consequências dos conflitos na região nas finanças israelitas no longo prazo.

O corte de rating ocorreu fora das duas revisões de notação financeira previstas pela agência a cada ano, que está calendarizada para daqui a cinco semanas. Este “anúncio não programado deve-se ao aumento significativo dos riscos geopolíticos e de segurança de Israel”, explica a S&P em comunicado.

Além da descida de notação financeira, que fica assim quatro níveis acima do considerado ‘lixo’, a agência manteve as perspetivas do país como ‘negativas’, o que pode sugerir que novos cortes estão para breve.

“Consideramos que a atividade militar em Gaza e o aumento nos combates ao longo da fronteira norte de Israel – incluindo uma incursão terrestre no Líbano – podem persistir em 2025, com riscos de retaliação contra Israel”, lê-se na nota da S&P.

As previsões macro passam ainda por uma estagnação do PIB este ano com um défice de 9%, bem acima do objetivo do ministro das Finanças, o ultraortodoxo Bezalel Smotrich, de 6%.

A descida surge na semana a seguir a semelhante decisão pela Moody’s, que cortou o rating israelita para ‘Baa1’, o equivalente a dois níveis abaixo da notação agora dada pela S&P. Este corte foi também motivado pela escalada nas hostilidades no Líbano, sendo que a agência financeira britânica avisou, à altura, que os títulos israelitas arriscam ser considerados ‘lixo’ em breve se a atual situação se arrastar.

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