Correio da Manhã 13:11
Face à deteção do primeiro caso de Febre Hemorrágica Crimeia-Congo em Portugal, a Direção-Geral da Saúde salienta algumas formas de prevenir a picada de carraças, que podem transportar o vírus.
Se se encontrar a realizar atividades em zonas expostas a carraças, é recomendado que sigas as seguintes medidas:
Utilização de roupas de cores claras para que as carraças possam ser vistas e removidas mais facilmente. Uso de vestuário de mangas compridas, calças compridas e calçado fechado. Utilização de repelente de insetos no vestuário e proteção da pele com produtos que contenham DEET (composto habitualmente presente nos repelentes). Em passeios no campo, caminhar, se possível, pela zona central dos caminhos, para evitar o contacto com a vegetação Inspecionar a roupa, a pele e o couro cabeludo no regresso de atividades no campo, e remover eventuais carraças. Se estas estiverem agarradas, deve recorrer aos serviços de saúde para que sejam retiradas de forma adequada e ficar atento ao aparecimento de sinais e sintomas.Caso detete algum sintoma após ter sido picado por uma carraça, deve ligar para o SNS24 para ser orientado para serviços de saúde com sinalização prévia.
A deteção de casos desta doença na Europa tem vindo a aumentar nos últimos anos, refere a DGS, em especial no contexto de aumento das temperaturas médias no sul da Europa e em Portugal, propícias à multiplicação de vetores. Em Espanha, desde 2013 têm sido identificados casos de FHCC, com 16 casos confirmado desde então, os dois últimos em abril e junho de 2024, em comunidades fronteiriças com Portugal.
O primeiro caso de Febre Hemorrágica Crimeia-Congo em Portugal foi detetado esta sexta-feira, em Bragança. O idoso de 80 anos não resistiu à doença, acabando por falecer.
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