O regresso do Santa Clara ao primeiro escalão do futebol português foi um sucesso absoluto. O campeão da última edição da II Liga até começou em desvantagem, mas empatou, virou, e ainda foi a tempo de festejar uma goleada na Amoreira!
Desastre absoluto para o Estoril Praia, que sofreu quatro golos no primeiro jogo oficial da temporada. O novo técnico da equipa da linha, Ian Cathro, não pôde estar no banco devido a problemas relacionados com o visto de trabalho, mas assistiu desde a tribuna às dificuldades de uma equipa que já tinha mostrado limitações na pré-temporada.
Superioridade açoriana ainda foi testada
Se o jogo entre uma equipa com um novo treinador e outra que assinalava aqui o regresso ao principal escalão motivava algum entusiasmo até ao apito inicial, esse foi, pelo menos em parte, apagado pela moleza pós-almoço. Muito calor na Amoreira às 15h30, quando arrancou um duelo entre duas equipas que não se aventuraram ofensivamente, preferindo um estudo mais estático do adversário.
Foi o Santa Clara que tentou assumir as despesas nesse sentido. Mesmo algumas limitações na aproximação à baliza adversária, a equipa de Vasco Matos teve mais bola e instalou-se no meio-campo adversário. Começava a protagonizar um domínio absoluto quando o Estoril, cínico, transformou em golo o seu primeiro remate do jogo: Zanocelo e o estreante Begraoui combinaram antes de Marqués, de primeira, abrir a contagem!
Os da casa encontravam-se a vencer, mesmo sem Ian Cathro no banco devido a problemas com o visto de trabalho. Ameaçaram até duplicar a vantagem num belo lance ofensivo de Rafik Guitane (continua com queda para as travessuras...), mas o intervalo só chegou depois da formação açoriana marcar o seu primeiro golo no regresso à Primeira.
O 1-1 teve assinatura de Vinícius Lopes, extremo brasileiro que recebeu de forma orientada ainda antes da linha que divide o campo e arrancou em direção à baliza adversária. Rematou ainda antes de lá chegar, com força e pontaria, para dar alguma justiça ao marcador.
Deu para a goleada!
A segunda parte trouxe poucos contrastes em relação ao primeiro. O jogo continuou a construir-se num ritmo por vezes demasiado sereno, enquanto alguns elementos (Michel Costa de um lado, Gabriel Silva do outro) tentavam dar energia ao mesmo. Santa Clara novamente por cima, mas desta vez com um consolo: não teve de sofrer para começar a acertar com a finalização.
Primeiro foram os cruzamentos que ameaçaram a reviravolta. Sidney Lima, Gabriel Silva e Alisson Safira estiveram todos perto do golo em lances desse tipo, mas não tiveram sucesso. Foi só quando Dani Figueira derrubou Gabriel Silva de forma desnecessária e cedeu uma grande penalidade que a equipa visitante conseguiu finalmente chegar à vantagem. A experiência de Safira neste escalão foi preciosa para fazer o 1-2.
Entre as várias mexidas da equipa caseira, Vasco Matos fez duas. Lançou Calila e Ricardinho, com o segundo precisar de apenas três minutos para firmar o terceiro. O camisola 10 não tinha marcado qualquer golo em 32 jogos na II Liga, mas apareceu no sítio certo para concluir uma transição perfeita do coletivo.
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