São precisas mais reformas na Guiné Equatorial antes de novo programa financeiro, diz FMI

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"São necessários mais progressos no domínio das privatizações, no combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo", disse o economista do departamento africano Thibault Lemaire, em declarações à Lusa, no seguimento da divulgação do relatório do FMI sobre a África subsaariana, no âmbito dos Encontros da Primavera do Fundo.

"Uma delegação da Guiné Equatorial participou nestes encontros e o FMI continua a colaborar estreitamente com as autoridades e está pronto para prestar assistência técnica e mais aconselhamento aos decisores políticos", acrescentou.

Este economista do departamento africano disse que o novo ministro das Finanças "solicitou o reatamento das missões do FMI, incluindo uma para realizar o balanço do programa de financiamento ampliado de 2019, que terminou sem uma conclusão e uma avaliação", estando prevista uma missão ao país em maio.

"Embora lentamente, as autoridades implementaram várias das reformas do programa de 2019 e no âmbito do período de ajuda e emergência, em 2021", lembrou Thibault Lemaire.

O economista reconheceu que "foram alcançados resultados notáveis em algumas áreas, como a melhoria da gestão das finanças públicas, aprovação da lei anticorrupção, conclusão de auditorias de empresas públicas de petróleo e gás e publicação de declarações de património de altos funcionários públicos".

O mais recente país a aderir à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) registou uma subida do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas deverá voltar à recessão este ano, registando uma quebra "ainda mais acentuada em 2024 devido à diminuição de produção de hidrocarbonetos, ao acidente no maior poço de petróleo e ao esgotamento dos poços, bem como à descida dos preços".

O FMI prevê uma expansão do PIB de 1,6% em 2022, a que se seguem dois anos de recessão, de 1,8% e 8,2% neste e no próximo ano, de acordo com o relatório sobre as economias da África subsaariana, divulgado este mês nos Encontros da Primavera do FMI e do Banco Mundial.

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