Sara Moreira integra a lista de candidatura de Domingos Castro às eleições da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) como uma das vice-presidentes, tal como Paulo Guerra. Já Francis Obkwelu, Albertina Machado e Carla Sacramento surgem como vogais.
"Revejo-me neste projeto e acima de tudo neste movimento de mudança, que é necessário para o atletismo português", disse a olímpica portuguesa, que tem sido uma das vozes mais criticas à gestão da atual direção, nomeadamente no que respeita à perca de influência do meio-fundo e fundo em Portugal.
"É isso que nós queremos, é precisamente isso, é que o meio-fundo não se perca, como se tem perdido, que haja mais proximidade aos atletas, aos clubes, a todos aqueles que estão no meio do atletismo e acima de tudo que no meio-fundo, mas não só. O atletismo é transversal, todas as especialidades contam. Mas o meio-fundo, que é a minha área, tem vindo a perder ao longo dos anos representatividade ao nível de campeonatos do Mundo, campeonatos de Europa, mas não só isso, essa é uma das partes. Obviamente que há muitas outras coisas a mudar, e é isso que nós queremos fazer com este projeto".
Sara Moreira falou também do contributo que os ex-atletas podem dar à modalidade.
"A forma como nós encarámos o atletismo durante tantos anos, a forma como nos tornámos resilientes contra tudo, acho que estamos no local certo para podermos fazer essa mudança, porque também estivemos lá e porque sabemos aquilo que é necessário, as falhas e as lacunas que existem e que já existiam e que se calhar sempre vão existir de alguma forma, queremos acima de tudo minimizá-las. Logicamente que depois há áreas em que temos que ter gente competente e capaz e nós também queremos envolver toda a gente neste processo", rematou, de 38 anos, que é também vereadora do desporto na Câmara Municipal de Santo Tirso.
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