Sarampo? É preciso "maior atenção às pessoas que veem do estrangeiro"

Manuel Pizarro reconheceu esta manhã que o aumento de casos de sarampo na Europa devem merecer uma especial atenção. Contudo, lembrou que todos os casos registados em Portugal todos são oriundos de pessoas vindas de fora. 

"Elogiar os pais portugueses que continuam a vacinar os seus bebés contra o sarampo", começou por afirmar o ministro da Saúde, considerando, porém, que é preciso "reconhecer o crescimento de casos de sarampo na União Europeia, sobretudo, nos países onde a vacinação diminui" e usar esta informação incentivar os pais a vacinar os filhos.

"O desejável era que não houvesse nenhum caso em Portugal. Ainda assim, todos os casos que identificámos têm sido identificados em pessoas que vivem noutros países. Isso resulta do facto de mantermos níveis de vacinação muito elevados", elogiou, lembrando o caso do bebé que esteve internado no Hospital Dona Estefânia, que foi tratado, e já está bem.

Admitindo, porém, que Portugal é um país global, Manuel Pizarro considerou que os casos de sarampo identificados no país devem servir de exemplo para o facto de ser necessária uma "maior atenção à avaliação do conhecimento em saúde, da literacia de saúde, e do envolvimento do serviços de saúde de pessoas que vêm do estrangeiro visto que Portugal é um país muito mais globalizado, embora os casos identificados são de portugueses emigrados noutros países e que vieram de férias", atirou.

Recorde-se que foram identificados três casos de sarampo no país. O primeiro caso foi registado em 11 de janeiro e o segundo caso foi o de uma criança de 7 anos, não residente em Portugal e não vacinada, que manteve "contacto próximo, durante o período de transmissibilidade, com o caso anterior.

Já esta semana um terceiro caso foi identificado na região Norte do país, num homem de 54 anos, não residente em Portugal e sem ligação aos dois casos de Lisboa.

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