SC Espinho continua sem estádio: «Vamos gritar até que a vos nos doa»

1 mes atrás 54

É um tema que se arrasta há «mais de quatro décadas» no seio do SC Espinho. O emblema vareiro continua, desde a demolição do velhinho Comendador Manuel de Oliveira Violas, sem estádio próprio, uma promessa (bem) antiga na cidade. Esta semana o denominado 'Manifesto 110' fez questão de se fazer ouvir sobre o assunto.

Este manifesto é composto por 110 personalidades públicas (uma por cada ano de existência do clube) que pretendem desbloquear as obras do novo (e muito prometido) estádio do SC Espinho, cujas obras estão paradas há ano e meio.

A iniciativa partiu de três nomes fortes do universo do clube e da cidade: Palmira Castro (antiga internacional de voleibol), Manuel José (antigo jogador e treinador do clube) e Bruno Cabral (jornalista) e entre as 110 personalidades há vários nomes fortes do futebol português.

Os impusionadores do manifesto @DR

Apesar deste ser um tema bem antigo tomou outras proporções a partir de 2017, quando foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal e o clube para a construção do estádio e consequente demolição do Comendador Manuel de Oliveira Violas, no ano seguinte. O novo estádio começou, então, a ser construído em 2021: já foram gastos, inclusive, 2,8 milhões de euros e praticamente metade da construção está realizada. Mas a obra foi parada em 2023.

Perante instabilidade municipal, a Câmara pediu uma auditoria técnica que detetou problemas na contrução e no orçamento do recinto. Desde então não mais se 'mexeu' no futuro novo estádio do SC Espinho e o clube tem andado, desde a demolição do Estádio Comendador Manuel de Oliveira Violas, em 2018, com a casa às costas, jogando em «relvados de concelhos vizinhos» (Fiães, Ovar e Nogueira da Regedoura).

SC Espinho
3 títulos oficiais

Este manifesto apela «à Câmara Municipal e aos partidos políticos que tomem medidas para que se resolva, de uma vez por todas, um problema que tem comprometido seriamente o Sporting Clube de Espinho e os espinhenses», com Manuel José, cara forte do movimento, a usar da palavra que lhe é tão característica.

«O mar agora está calmo mas pode ser que se crie aqui uma boa onda para o que pretendemos, que é o bem do Sporting de Espinho e a conclusão do estádio. Sou treinador por causa do Espinho e fiz a carreira que fiz por causa do Espinho. Tenho uma dívida de gratidão com o clube. O Espinho merece jogar no concelho e vamos gritar até que a vos nos doa», atirou o antigo técnico de Sporting ou Benfica.

SC Espinho está, desde 2023, na I Divisão distrital da AF Aveiro, mas tem um passado rico, contando, por exemplo, com 11 participações na I Liga, a última das quais em 96/97.

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