Scholz e Zelensky assinam esta 6.ª-feira acordo de segurança em Berlim

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Este acordo abrangerá "compromissos de segurança e apoio a longo prazo" à Ucrânia, explicou a mesma fonte, confirmando a visita de Volodymyr Zelensky a Berlim, que já tinha sido anunciada por Kiev.

A poucos dias dos dois anos desde o início da invasão russa da Ucrânia, o Governo ucraniano e o Banco Mundial divulgaram hoje uma estimativa conjunta sobre o custo económico da guerra, apontando que o país necessitará de 486 mil milhões de dólares (452 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para a recuperação e reconstrução.

Para obter mais ajuda, Volodymyr Zelensky estará esta sexta-feira na Alemanha e França, para se reunir com o chanceler Olaf Scholz e o Presidente Emmanuel Macron, respetivamente.

Em Paris, Zelensky também assinará um acordo de segurança entre a França e a Ucrânia.

Depois da capital francesa, Zelensky segue para a Alemanha, para fazer um discurso na Conferência de Segurança de Munique e reunir-se com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.

Os Estados Unidos, os principais doadores para a Ucrânia, estão num impasse nesta altura e não conseguem adotar um novo pacote de ajuda para Kiev, travado pelos republicanos liderados por Donald Trump, o ex-presidente e candidato presidencial.

A 60ª edição da Conferência Internacional de Segurança de Munique, que começa esta sexta-feira, espera o maior número de participantes de sempre, de acordo com a organização, devido à situação mundial tensa.

A capital da Baviera vai receber, até domingo, mais de 50 chefes de estado e de governo, cerca de 60 ministros dos Negócios Estrangeiros, incluindo de Portugal, e mais de 25 ministros da Defesa, assim como outros representantes políticos e militares.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos estados ocidentais do G7 também deverão reunir-se à margem da conferência.

O lema deste ano é "paz através do diálogo" com foco nos principais conflitos no mundo.

A primeira conferência ocorreu em 1963, numa escala muito menor, com o nome de "International Wehrkunde-Begegnung". Desde então, é realizada presencialmente em Munique, em fevereiro, exceto em 2021 que, devido à pandemia de covid-19, foi necessário restringi-la ao formato digital.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

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