Scholz pede "máximo pragmatismo" na integração laboral de estrangeiros

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"O trabalho é o critério decisivo para uma integração bem-sucedida. É muito mais do que ganhar dinheiro. Há parceiros e um ambiente social", declarou o chefe do executivo alemão, num evento em Berlim no âmbito da iniciativa 'Jobturbo', destinada a acelerar o emprego de refugiados.

Scholz sublinhou que os contribuintes não querem apoiar "pessoas que não fazem nada" com prestações sociais, notando ainda como a integração de refugiados e migrantes no mercado laboral é crucial porque a atual estrutura demográfica levaria a uma redução da população ativa na Alemanha.

Nos últimos doze meses, 283 mil novos trabalhadores estrangeiros foram registados na Alemanha, salientou o governante, argumentando que, sem trabalhadores estrangeiros, a força de trabalho teria diminuído em 163 mil pessoas num só ano.

"Não há um único país no mundo cuja economia esteja a crescer e que, ao mesmo tempo, tenha uma força de trabalho a diminuir", recordou.

Assim, Scholz apelou ao "máximo pragmatismo" não só dos próprios refugiados à procura de emprego, mas também das autoridades alemãs e das próprias empresas.

A título de exemplo, referiu que os centros de emprego podem acelerar o processo de procura de emprego, ao mesmo tempo que são lançados procedimentos de reconhecimento de qualificações estrangeiras e que os interessados frequentem cursos de alemão e de integração.

"Não há tempo a perder. Não podemos dar-nos ao luxo de o fazer em tempos de escassez de mão-de-obra e de falta de profissionais qualificados", acrescentou o líder, que não deixou de se congratular com o aumento do número de refugiados empregados graças às medidas do seu governo.

Em julho, o número de ucranianos empregados tinha aumentado para 266.000, mais 71.000 do que 12 meses antes, e o número de cidadãos dos outros oito países com o maior número de refugiados reconhecidos tinha aumentado para 704.000, também mais 71.000 na comparação com o ano anterior.

O chanceler recordou ainda que, dos refugiados do sexo masculino que chegaram durante a crise migratória de 2015-2016, 86% estão a trabalhar.

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