Em declarações no final da reunião com a Federação Nacional dos Médicos, o secretário-geral socialista passou a bola ao Governo numa altura em que "não sabem ainda quando voltarão a reunir para discutir o próximo OE", disse.
"Se o Governo se limitou a si próprio a negociar exclusivamente com o PS então o Governo tem a obrigação de ceder ao PS em matérias que são fundamentais para o PS e não estamos a exigir nada demais, não nos queremos substituir ao Governo", vincou o dirigente socialista.
Questionado sobre que medidas querem ver discutidas, Pedro Nuno Santos respondeu: "teremos oportunidade nas reuniões para o Orçamento de Estado de garantir que algumas medidas profundamente negativas não estejam no OE e que algumas, não muitas, que o possam melhorar sejam introduzidas".
Abrindo um pouco as intenções, o secretário-geral afirmou que o PS quer "evitar um OE com medidas que são muito caras do ponto de vista orçamental e que vão trazer injustiça ao país, desde logo entre os jovens que ganham muito e que ganham pouco e que são, infelizmente, a maioria, e injustiça entre colegas de trabalho, com a mesma função, que vão ter salários líquidos muito diferenciados".