Sebastião Bugalho espera ter um dia, um deputado ucraniano sentado ao seu lado no parlamento europeu

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03 jun, 2024 - 19:52 • Manuela Pires

Sebastião Bugalho reuniu com a embaixadora da Ucrânia em Portugal. Carlos Moedas voltou à campanha para pedir que parem de falar sobre a idade do candidato.

Depois de na semana passada ter dito que a visita de Zelensky a Portugal era um dia de festa e de ter sido criticado por Marta Temido que apontou para a “imaturidade do candidato”, a Ucrânia regressou à campanha da Aliança Democrática (AD).

Meia hora depois do debate das rádios, Sebastião Bugalho estava na embaixada da Ucrânia para um encontro com a embaixadora Maryna Mykhailenko. O encontro durou cerca de uma hora e foi a oportunidade para o cabeça de lista da AD deixar à embaixadora o compromisso de continuar a apoiar a Ucrânia, militar e financeiramente, mas também no processo de adesão à União Europeia.

Em declarações aos jornalistas, Sebastião Bugalho disse mesmo esperar que um dia ter ao seu lado um deputado ucraniano, no plenário do parlamento europeu.

“Tenho a esperança de um dia olhar para o lado no plenário do parlamento europeu e ver um deputado ucraniano e uma deputada ucraniana ao meu lado”, referiu o cabeça de lista da AD.

Sebastião Bugalho tem um sonho e acredita que no que toca à Ucrânia, o Partido Socialista está sintonizado na mesma onda.

“Se há coisa que nos deve orgulhar como democratas portugueses é que os partidos fundadores da democracia portuguesa não hesitaram um segundo no apoio à Ucrânia. Eu não vou falsear clivagens com o PS numa matéria tão fundamental, tão digna, tão patriótica e tão democrática quanto é o apoio à Ucrânia”, disse Sebastião Bugalho.

O candidato a eurodeputado revelou que do lado da embaixadora ucraniana sentiu “uma vontade da Ucrânia se defender e trabalhar para a paz o mais depressa possível”.

A reconstrução do país pós-guerra foi também um dos temas do encontro, sendo que a embaixadora quer levar para Kiev o modelo português das energias renováveis.

“Foi muito interessante ver que a Ucrânia olha para Portugal como um exemplo nas energias renováveis que quer replicar no seu país”, disse Sebastião Bugalho aos jornalistas.

O candidato do avô, do pai e do neto

O candidato, que continua a fazer da idade um tema de campanha, reuniu-se à tarde com vários jovens em Lisboa junto ao Cais Rocha Conde de Óbidos. Alexandre Poço, o líder da JSD, foi um dos presentes.

“Connosco não há apenas promessas de casas de papel, sabemos que colocar direitos em tratados ou em legislação, não garante a sua concretização, mas aquilo que a AD traz a uma semana das eleições é já um legado de concretização”, disse o deputado social-democrata.

No debate, que contou também a eurodeputada e candidata Lídia Pereira, o mandatário da candidatura da AD Carlos Moedas, o líder da Juventude Popular Francisco Camacho, Alexandre Poço disse esperar que no próximo domingo a AD repita o resultado das legislativas de março, no voto dos jovens.

“Continuar a garantir que a AD vence no voto dos jovens como aconteceu em março nas legislativas, mas não apenas no voto dos jovens, eu acredito que o Sebastião será o candidato da avó, da mãe, do pai e do neto.”

Carlos Moedas, mandatário nacional da candidatura, acredita que a AD vai vencer as eleições e com uma grande diferença para o segundo classificado e no encontro com os jovens disse que Sebastião Bugalho é o candidato que melhor concilia “a razão e o coração”.

O autarca de Lisboa voltou a dizer que o PS “é o partido do que não foi feito” e lembrou quando assumiu o mandato na câmara de Lisboa.

“Quando me lancei a falar em ter uma fábrica de unicórnios em Lisboa, os cínicos, os resignados, os velhos de coração é que disseram que não era possível os unicórnios virem para Portugal, vieram 12 para Lisboa em dois anos. Eu sinto-me tão jovem como vocês aqui”, disse o ex-comissário europeu.

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