"Este ajustamento que hoje fazemos garante que, mesmo que não chova mais este ano, nem mais uma gota, haverá água para garantidamente um ano de consumo urbano. Portanto, é um alívio, mas um alívio proporcional, obviamente dando prioridade aos consumos urbanos, das famílias", garantiu.
Em conferência de imprensa realizada após a reunião do Conselho de Ministros, o governante referiu que existem três grupos de medidas: o alívio das restrições, novos investimentos para aumentar a disponibilidade hídrica e a aceleração de investimentos importantes ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
António Leitão Amaro reconheceu que a situação de seca, especialmente na região do Algarve, obriga à aplicação de restrições, no entanto, "para serem justas, para serem compreendidas e aceites, têm de ser proporcionais".
"Se chove um pouco mais, se a dimensão e o drama da seca diminui de algum modo, nós devemos ajustar as medidas", sublinhou, especificando que o alívio nas restrições se estende ao setor agrícola, que estava "particularmente penalizado", e aos empreendimentos turísticos.
Segundo o ministro, este alívio de restrições "tem de ser permanentemente avaliado", pelo que é organizado um sistema de avaliação permanente, com momentos "de dois em dois meses" e, chegando ao mês de agosto, se houver uma alteração da situação, haverá "uma reanálise destas restrições".
O Governo de António Costa tinha decretado em 05 de fevereiro a situação de alerta na região do Algarve devido à seca, mas, no final de maio, o atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou o alívio das restrições impostas à agricultura e ao setor urbano, que inclui o turismo.
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