Sector da saúde regista uma diminuição de 7% das reclamações em 2023

8 meses atrás 73

A demora no atendimento foi um dos principais motivos de reclamação dirigidas às entidades de saúde, seguida do tratamento indevido, a falta de informação, as dificuldades de contacto com as entidades via telefone e a cobrança indevida.

O sector da saúde registou uma diminuição de 7% no número de queixas realizadas durante o ano passado, tendo sido publicadas, no Portal da Queixa, um total de 3.736 reclamações dirigidas aos prestadores de cuidados de saúde públicos e privados.

A demora no atendimento foi um dos principais motivos de reclamação dirigidas às entidades de saúde, a gerar 21,5% das queixas, seguida do tratamento indevido, com 17,5% das reclamações. A falta de informação absorve 9,3% das ocorrências, as dificuldades de contacto com as entidades via telefone e a cobrança indevida geraram, ambas, 7,4% das queixas.

O sector privado liderou o volume de queixas, com um total de 54% das reclamações, tendo uma análise revelado que 49,8% das queixas recebidas foram dirigidas à categoria grupos de saúde privados. A categoria de hospitais e maternidades recolheu 56,1% das reclamações dos utentes. Já o sector público absorveu 46% das queixas.

Já o SNS é a entidade com mais reclamações, tendo sido alvo de 17,7% das denúncias, seguindo-se as clínicas Swiss Dental Services, com 12%, a Saúde CUF, com 9,2% das reclamações, o grupo privado Lusíadas Saúde, que recebeu 6,6% e o Hospital da Luz, que recolheu 5,8%.

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, afirma que “o registo de menos reclamações em 2023, facto atribuído à atenuação da pandemia, infelizmente, temos vindo a assistir a uma degradação recorrente na qualidade da prestação de serviços de saúde. Seguida pelas finanças pessoais e o bem-estar familiar, a saúde representará, com toda a certeza, o principal motivo de preocupação de todos os cidadãos. Por esse motivo, é fundamental que os serviços prestados em matéria de saúde, desde o público ao privado, estejam de acordo com as expectativas criadas, tendo em conta o impacto que têm na vida das pessoas”.

“O serviço privado lidera as reclamações dirigidas ao setor, revelando não conseguir ser a alternativa competente para prestar um serviço de qualidade, humanizado e de acordo com o investimento efetuado por cada cliente que captam ao serviço público”, refere o analista.

Ler artigo completo