Segundo caso de gripe aviária em humanos detetado nos EUA

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22 mai, 2024 - 22:14 • Miguel Marques Ribeiro com Reuters

Leite não pasteurizado deverá ser o principal vetor de transmissão entre os animais.

Foi confirmada esta quarta-feira a existência de um segundo infetado com gripe aviária nos Estados Unidos. O vírus foi detetado pela primeira vez em vacarias de produção de leite no final de março.

Segundo a informação avançada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), o infetado é um trabalhador leiteiro do Michigan. Um caso semelhante ao anterior, que tinha sido detetado em abril, e que também afetou um trabalhador de laticínios, mas residente no Texas.

Apesar da ocorrência desta nova evolução no surto do vírus H5N1, o CDC garante que o risco para o público em geral permanece baixo. Isto apesar de uma análise do leite vendido no retalho ter indicado a presença de partículas de H5N1 em cerca de 20% das amostras, o que indica que o surto está mais disseminado.

Sintomas são leves

O Michigan e o Texas estão entre os nove estados norte-americanos que registaram casos de gripe aviária em gado leiteiro.

Gripe aviária transmissível entre humanos? OMS está muito preocupada

O caso do paciente do paciente do Michigan é semelhante ao Texas. O doente relatou apenas sintomas oculares, assegurou o CDC, pelo que os impactos do vírus foram leves.

Trata-se de um trabalhador que teve exposição regular a animais infetados com gripe aviária, o que ajuda a explicar a transmissão.

Vacas leiteiras são testadas antes do transporte

Embora as autoridades não saibam exatamente como o vírus se espalha, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse acreditar que o leite não pasteurizado é o principal vetor de transmissão entre os animais.

Assim, para limitar a transmissão no gado, o USDA começou no final de abril a exigir que as vacas leiteiras apresentem resultados negativos a testes para o H5N1 antes de serem transportadas através das fronteiras estaduais.

Tendo em conta estes indicadores, “é provável que haja vários casos decorrentes da exposição a vacas infetadas e ao seu leite, entre os trabalhadores agrícolas”, afirmou o Dr. Amesh Adalja, um especialista em doenças infeciosas do Centro John Hopkins para Segurança Sanitária.

“O principal é garantir que os testes sejam amplos o suficiente para capturar os animais” infetados.

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