Seis menores acusados criminalmente após simularem leilão de escravos

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Seis menores do estado norte-americano de Massachusetts foram acusados num caso de bullying racial através da rede social Snapchat que envolveu não só linguagem "hedionda" e ameaças de "violência contra pessoas de cor", mas também um leilão de escravos simulado.

O grupo de estudantes do oitavo ano da Escola Regional de Southwick terá participado numa conversa "odiosa e racista" através do Snapchat nos dias 8 e 9 de fevereiro, segundo detalhou o procurador distrital de Hampden, Anthony Gulluni, citado pela NBC News.

Na conversa, algumas das crianças expressaram "comentários odiosos e racistas, incluindo noções de violência contra pessoas de cor e insultos raciais", além de terem partilhado "fotografias e vídeos depreciativos". Realizaram ainda "um falso leilão de escravos dirigido a dois jovens em particular", de acordo com o procurador.

A 9 de fevereiro, o caso foi denunciado às autoridades escolares. Vários estudantes envolvidos, incluindo os seis acusados, foram alvo de uma suspensão de emergência, a 12 de fevereiro. Três dias depois, vários estudantes foram formalmente suspensos, incluindo dois por 25 dias e um por 45 dias.

O responsável adiantou ter ficado a par do incidente no dia 15 de fevereiro, tendo pedido às autoridades daquele estado para investigarem o caso.

Esta quinta-feira, foi anunciado que os menores foram formalmente acusados de ameaça para cometer um crime. Dois dos seis jovens enfrentam também acusações de interferência nos direitos civis, e um destes foi ainda acusado por interferir com testemunhas.

"O ódio e o racismo não têm lugar nesta comunidade, e onde este comportamento se tornar criminoso, garantirei que agimos, e agimos com determinação rápida, como fizemos aqui, para o trazer à luz da justiça. Não há dúvida de que o alegado comportamento destes seis jovens é vil, cruel e desprezível", disse o responsável.

O procurador assegurou ter colocado em marcha medidas que pretendem "prevenir ameaças futuras, encorajar a empatia e construir comunidades mais fortes e livres de ódio", que incluem um programa sobre bullying e sobre os perigos da intolerância e do racismo nas escolas.

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