Seis seleções, três vagas: quem é que ainda pode chegar ao Europeu?

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Euro 2024 está muito perto do seu começo, mas existem três vagas em aberto para a fase de grupos da prova. No total, seis seleções ainda têm o sonho de chegar à competição que vai decorrer entre junho e julho, em território alemão.

Grécia continua a sonhar @Getty /

Portugal já fugiu desta equação, pois contou com uma qualificação imaculada: dez jogos, 30 pontos, 36 golos marcados e apenas dois sofridos. Mas não estamos aqui para falar da equipa de Roberto Martínez, que, depois do triunfo frente à Suécia, se prepara agora para enfrentar a Eslovénia.

Os play-offs path A, B e C determinaram três novos duelos: Países de Gales - Polónia, Ucrânia - Islândia e Geórgia - Grécia. Quem tem mais hipóteses de se qualificar? Existe algum conjunto que nunca chegou ao topo do futebol europeu em termos de seleções? Estão aqui todos os dados.

Portugal como elo de ligação

Comecemos pelos galeses. Apesar de já não contarem com a presença de Gareth Bale (retirado), têm estado numa trajetória ascendente: somam cinco jogos consecutivos sem qualquer derrota - três vitórias e dois empates. Ultrapassaram, na passada quinta-feira, a Finlândia, equipa que não teve argumentos para ameaçar o poderio contrário (4-1).

Durante vários anos viveram na sombra das principais turmas do Reino Unido no que toca a Europeus e só conseguiram inverter essa tendência em 2016, logo em grande plano: chegaram às meias-finais, mas perderam diante de Portugal, que viria a sagrar-se campeão europeu. Em 2020, por outro lado, caíram nos oitavos-de-final.

Grécia

Apuramento Euro 2024

2016 também foi um ano de boa memória para a Polónia, uma vez que alcançaram o melhor resultado de sempre num Europeu: os quartos-de-final. Curiosamente, o responsável pela eliminação foi... Portugal, que levou a melhor nas grandes penalidades. 

Se tirarmos essa data da equação, verificamos que os polacos nunca passaram da fase de grupos (2008, 2012 e 2020). A última participação, aliás, contou com Paulo Sousa como selecionador, técnico português que não esteve durante muito tempo no cargo- 15 jogos, onde conseguiu seis triunfos.

O histórico de confrontos entre País de Gales e Polónia mostra uma clara tendência: dez jogos, sete vitórias para a turma polaca, dois empates e uma derrota para os galeses. Esse triunfo remonta ao longínquo ano de 1973. Agora, a narrativa ganha outros contornos.

Uns querem regressar, outros pretendem dar continuidade

Passemos para a Ucrânia. Com Anatoliy Trubin e companhia nas escolhas de Ruslan Rotan, ultrapassaram a Bósnia e Herzegovina num jogo emocionante. Roman Yaremchuk (ex-Benfica) marcou aos 85 minutos e Artem Dovbyk, três minutos depois, consumou a reviravolta que perdurou até ao apito final. 

@Getty /

Estão a um pequeno passo de regressar a um palco que bem conhecem. Em 2020, após ficarem em terceiro lugar no mesmo grupo que Países Baixos e Áustria, seguiram para os oitavos-de-final e derrotaram a Suécia. No entanto, perderam contra Inglaterra (finalista vencido) e disseram adeus ao continuar do sonho.

Quem não participou nessa prova foi a Islândia, que conta apenas com uma presença em Euros na sua história. Em 2016 alcançaram os quartos-de-final e elevaram a fasquia para as restantes edições. Quatro anos volvidos, sofreram um desaire diante da Hungria (2-1), num cenário que impediu que se juntassem aos tuburões do futebol europeu.

Agora, Albert Gudmundsson comandou o renascer da esperança, uma vez que marcou três golos e fez uma assistência diante de Israel (1-4), o primeiro adversário nesta luta pela vaga no Europeu realizado na Alemanha.

O histórico de confrontos entre Ucrânia e Islândia demonstra equilíbrio nas poucas partidas realizadas: um triunfo para cada lado e dois empates em quatro jogos. Os nórdicos foram a última equipa a conseguir um desfecho positivo, em 2017, mas na qualificação para o Mundial de 2018.

Atenção lusitana

Chegamos ao último duelo, o da Path C. A Geórgia tem dado passos firmes no seu crescimento e conta, agora, com a maior oportunidade de escrever uma página dourada na sua história. Após ultrapassar Luxemburgo com distinção (várias caras conhecidas do futebol português), estão preparados para enfrentar a próxima etapa.

Kvara é a estrela da Geórgia @Getty /

Neste jogo decisivo, a Geórgia pode voltar a contar com a sua grande estrela, já que Khvicha Kvaratskhelia, extremo que representa o Napoli, está de regresso após ter cumprido uma partida de suspensão. Em caso de vitória, os georgianos chegam a um palco nunca antes alcançado.

A tarefa, no entanto, está longe de ser fácil, uma vez que vão lidar com um conjunto que já... venceu a prova: em 2004, diante de Portugal. Para além desse resultado, participaram em mais três edições: 1980 (fase de grupos), 2008 (fase de grupos) e 2012 (quartos-de-final). Ou seja, uma ausência de 12 anos.

A última ocasião, aliás, contou com o dedo de Fernando Santos, técnico português que esteve durante três anos e meio no cargo de selecionador. Desde então, falharam as últimas duas competições, mas estão perto de colocar um ponto final nessa falha do trajeto nos últimos tempos.

O histórico de confrontos é elucidativo. nove jogos, sete vitórias gregas e dois empates. A Geórgia nunca reuniu argumentos suficientes para triunfar, mas dispõe de uma oportunidade de ingressar no Grupo F juntamente com Portugal, Chéquia e Turquia.

Quem chegará ao palco de todos os sonhos?

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