Senador John Barrasso afasta candidatura à liderança da bancada republicana

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O senador do Texas, John Cornyn, e o senador de Dakota do Sul, John Thune, anunciaram que vão fazer campanha para substituir McConnell, que divulgou na semana passada que deixará o seu cargo de líder, mas permanecerá no Senado (câmara alta do Congresso norte-americano) após as eleições de novembro.

Há muito que se especulava que Barrasso também poderia concorrer, tornando a disputa uma corrida entre 'os três Johns'.

Mas Barrasso referiu hoje, numa breve declaração, que teve tempo para refletir sobre a melhor forma de servir e, depois de "pensar muito" decidiu pedir aos colegas republicanos "o apoio e ajuda para trabalhar como Líder Republicano Assistente".

Barrasso é o número 3 em liderança como presidente da conferência republicana do Senado.

A sua mulher, Bobbi Barrasso, morreu em janeiro, após uma luta de dois anos contra um tumor cerebral.

O anúncio do senador do Wyoming estreita a luta entre Cornyn e Thune, que são populares entre os colegas republicanos e têm sido leais a McConnell.

Thune substituiu Cornyn como número 2 de McConnell na liderança há cinco anos, depois do republicano do Texas ter atingido o tempo limite de mandato.

A corrida será realizada após as eleições de novembro. Ao contrário da Câmara dos Representantes (câmara baixa), onde todos votam presidente, os líderes dos partidos no Senado são eleitos à porta fechada por voto secreto.

Podem surgir ainda outros candidatos, possivelmente da ala mais à direita do partido, que tem criticado McConnell.

O senador da Florida, Rick Scott, desafiou McConnell na última eleição para a liderança em 2022, a pedido do ex-presidente Donald Trump, que agora é o favorito para a indicação presidencial do Partido Republicano.

McConnell derrotou facilmente Scott, que teve o apoio de 10 dos seus colegas republicanos.

Embora McConnell ainda conte com o apoio da maioria da sua bancada, está em desacordo com Trump há anos, especialmente desde o ataque de 06 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por apoiantes de Trump.

No entanto, a sua equipa política tem estado em conversações com a campanha de Trump sobre um possível endosso, segundo fonte ligada ao processo citada pela agência Associated Press (AP).

Thune e Cornyn também discutiram com o ex-presidente, mas acabaram por endossar o magnata republicano, quando ficou claro que este é o provável candidato do Partido Republicano às presidenciais de novembro.

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