Confirmação vs desilusão. Azar vs sorte. Sensação vs pressão.
Os traços predominantes que separam Suíça e Itália. A seleção helvética confirmou, perante a Alemanha, que não está no Euro para brincadeiras. Praticou um futebol positivo, marcou - podia ter marcado mais -, mostrou-se serena nos dois momentos do jogo, mas acabou por ter azar na reta final.
Apesar de ter sofrido o empate nos descontos, a Suíça segue sem perder e com um registo que promete surpreender. Quiçá, ser a grande sensação do torneio.
Do lado oposto, o campeão em título. A Itália, apesar da pressão, não tem conseguido exibir-se a um nível assinalável e tem tido alguma sorte (ou, como quem diz, Gigi Donnarumma, que tem sido o grande herói italiano até ao momento). Apesar disso, e com alguma felicidade à mistura, a seleção italiana seguiu em frente no grupo da morte e procura evitar, diante da Suíça, ser a grande desilusão do Euro.
Confiança e mudança
Murat Yakin, selecionador da Suíça, mostrou-se confiante em conferência de imprensa de antevisão e preferiu focar-se na sua equipa: «Não nos queremos preocupar muito com a Itália. Na verdade, é o oposto: a Itália é que precisa de se preocupar connosco. Estamos de bom humor, somos imprevisíveis e vamos tentar tirar algo do jogo», referiu.
Do outro lado, Spalletti assumiu que a «equipa está a melhorar», mas apontou que os jogadores estão prontos do «ponto de vista mental»: «Contra a Croácia os rapazes foram extraordinários do ponto de vista mental. Mas também temos coisas que precisamos rever e tentar melhorar. Às vezes, os erros que cometem são resultado de muito compromisso e desejo», anotou.
Confiança e um objetivo: seguir para os quartos de final. Suíça e Itália prometem um jogo intenso, competitivo e muito tático. Desde logo, pelas mudanças forçadas de ambos os lados. Widmer (Suíça) e Calafiori (Itália) estão out, ao passo que Stergiou e Mancini deverão assumir o lugar no 11.
Para além disso, importa estar atento ao ataque italiano que deverá sofrer mudanças. Após a prestação pobre contra Espanha e Croácia, Chiesa deverá saltar para o 11 e Scamacca deverá regressar à titularidade. Os dados estão lançados: por um lado, o chocolate suíço (bom futebol), por outro, o pragmatismo - de campeão - italiano. Só um irá seguir em frente.