Sérgio Conceição fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo com o E. Amadora, partida da 22.ª jornada agendada para amanhã (20h30), no Estádio do Dragão.
Será que o título de campeão já é uma miragem? "Está mais difícil mas aqui ninguém atira a toalha ao chão, ninguém desiste. Aqui o trabalho diário, o foco, a ambição são as mesmas. Estamos aqui para lutar até ao fim".
FC Porto habituou-nos a reagir à adversidade, mas em Arouca a equipa parecia apática. Será que foi um problema de atitude? "Não tem a ver com atitude. Foi o jogo com mais alta intensidade que tivemos. O nosso momento defensivo tem a ver com o nosso processo ofensivo, a forma como atacamos em ataque organizado, quando entramos numa primeira ou segunda fase de construção, que há passes que não se podem falhar... No tempo em que eu era jogador tínhamos 15 jogadores no mínimo da formação do FC Porto que percebiam de uma forma mais fácil o que é a nossa ambição. Não entrámos da melhor forma também por mérito do Arouca, faltou-nos em alguns momentos discernimento com bola. Mas daí falarem numa crise... Crise é corrupção desportiva, violência nos estádios. Estamos na luta e vamos lutar até ao último segundo do último jogo. Estamos na ‘Champions’ e nos quartos da Taça de Portugal. No final faremos as contas, estamos aqui para lutar".
E sobre a viagem de Taremi para fazer testes no Inter que não foi feita comentou: "Não faço parte do aeroporto, não sei os aviões que estavam... Aqui não basta ter contrato, há que sentir o clube. O Taremi tem contrato até junho e ele respeita o clube. O Taremi está à frente do Hulk com menos jogos, não podemos esquecer o percurso do Taremi. Há que ter respeito porque ele tem respeito pelo clube. Depois de uma viagem estava disponível para o treino e para jogar em Arouca. Não vale de tudo para enxovalhar. Não há ninguém que sente mais o clube e se sentisse que algum jogador não estava comprometido - até poderia chamar-se Maradona -, não estava comigo. Não emprenho pelo ouvidos porque amo o FC Porto, não falo mal gratuitamente do FC Porto".
Sobre o estado anímico da equipa frisou: "Exatamente como eu estou. Eles percebem que não estamos num bom momento, não é normal empatar em casa com o Rio Ave, foi o que foi, não conseguimos meter a bola dentro. Em Arouca devíamos ter dado outra resposta. Amanhã queremos dar essa resposta, com o apoio de toda a gente. Os adeptos sabem que a equipa é jovem, que se dedica muito ao trabalho, já fez coisas boas e menos boas esta época, mas precisamos de apoio para aos 97, 98 minutos (não avanço mais números antes que venha um processo) que sejam essa mais valia. Isso para nós é que é importante. É um grupo jovem mas que quer muito vencer".