Sindicalistas lançam manifesto a apelar ao voto dos trabalhadores no PS

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Este manifesto, que foi divulgado pelo PS, é subscrito por 122 sindicalistas socialistas e independentes da CGTP-IN, entre eles "membros do Conselho Nacional desta central sindical, o representante no Comité Económico e Social Europeu (CESE), presidentes ou coordenadores de sindicatos, de direções sindicais nacionais e regionais, bem como de diversos ativistas sindicais".

"Os subscritores são oriundos de 23 sindicatos", acrescenta-se, num texto em que é criticada a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas.

No documento, este grupo de sindicalistas considera que "os trabalhadores e as trabalhadoras, após oito anos de governação do PS e de António Costa como primeiro-ministro, reconhecem que, apesar da pandemia [da covid-19], de uma escalada inflacionista como consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, e dos problemas que resultam das alterações climáticas, houve resposta a uma grande parte dos problemas do país, relançou a economia, apoiou as famílias e as empresas, tomou medidas importantes quanto aos direitos sociais e laborais, imprimiu um forte crescimento dos rendimentos (salários e pensões) das classes populares e diminuiu o défice, bem como a dívida pública".

"A decisão sobre a demissão do Governo e a dissolução da Assembleia da República, irresponsavelmente tomada pelo Presidente da República, que interrompeu uma legislatura com uma maioria absoluta na Assembleia da República, precipitou o país para umas eleições legislativas antecipadas desnecessárias e das quais pode resultar uma situação de forte instabilidade política", advertem os sindicalistas.

No atual quadro político, os signatários do manifesto acreditam que, com o PS no Governo, "na próxima legislatura, se manterá a trajetória de crescimento económico, com uma maior distribuição da riqueza, com consequências positivas no aumento das pensões, do salário mínimo nacional e nos salários médios praticados na administração pública e no setor privado".

"Confiamos que o futuro governo do PS continuará a realizar políticas públicas que respeitem a dignidade do trabalho, a evolução dos direitos laborais, o diálogo social, a negociação e a contratação coletivas, o livre exercício da atividade sindical nas empresas e serviços, privados e públicos, a ação inspetiva eficaz e uma justiça no trabalho célere e acessível, rapidamente tomando decisões e ultrapassando atrasos", referem.

Depois, alertam para "os perigos e obstáculos políticos, de caráter reacionário, corporizados por projetos de direita e extrema-direita (AD, IL e Chega), que se têm reforçado a nível nacional, europeu e internacional, sendo necessário consolidar e fazer avançar o que já foi realizado -- e unicamente o PS assegura esta consolidação e este avanço".

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

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