Sindicato guineense denuncia proibição de entrada de jornalistas na Rádio Nacional

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"Na sequência da vigília realizada na segunda-feira pelos trabalhadores da Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau, o autoproclamado diretor Mama Sliu Sané impediu esta terça-feira a entrada dos trabalhadores na estação", refere uma nota do Sinjotecs enviada hoje à Lusa.

Os profissionais da Radiodifusão Nacional (RDN, estatal) realizaram na segunda-feira uma vigília, com velas acesas, diante da estação para denunciar alegadas práticas de censura por parte de Mama Saliu Sane, antigo diretor do órgão.

Ainda acusaram Saliu Sane de se ter autoproclamado diretor da RDN, "sem que tenha sido nomeado por ninguém".

"O autoproclamado deixou uma lista aos polícias instalados na estação com nomes de jornalistas e técnicos autorizados por ele a aceder o serviço. A lista tem nomes de cinco jornalistas e dois técnicos. Quem o seu nome não se encontrar na lista não está autorizado a entrar e nem aceder ao passeio da Radiodifusão Nacional da Guiné-Bissau", indica ainda a nota do Sinjotecs.

A Lusa está a tentar, ainda sem sucesso, obter uma reação de Mama Saliu Sane.

A Guiné-Bissau vive momentos de tensão política desde o passado dia 01 quando elementos das Forças Armadas se envolveram em confrontos, na sequência de uma ação da Guarda Nacional que retirou das celas da Polícia Judiciária dois membros do Governo investigados por alegada corrupção.

De regresso ao país, vindo de uma missão no estrangeiro, o Presidente guineense disse tratar-se de uma tentativa de golpe de Estado e responsabilizou o parlamento por ser foco da desestabilização do país.

Umaro Sissoco Embaló dissolveu o parlamento e demitiu o Governo saído das eleições e na terça-feira reconduziu Geraldo Martins no cargo de primeiro-ministro de um novo executivo, ainda por formar, mas que disse ser de iniciativa presidencial.

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