Sindicato pede nova intervenção do primeiro-ministro sobre venda da Altice Portugal

8 meses atrás 59

“Foi com alguma perplexidade que o STPT recebeu um ofício do gabinete do senhor primeiro-ministro, datado do passado dia 8, a encaminhar a questão da venda da Altice Portugal para o gabinete do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa”, diz a estrutura sindical.

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice Portugal (STPT) pediu esta terça-feira uma nova intervenção do primeiro-ministro sobre o processo de venda da Altice Portugal e uma justificação legal para que o assunto tenha sido encaminhado ao gabinete do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa.

A estrutura sindical considera que António Costa, apesar de liderar um Governo em gestão, “não deve ficar alheado” desta transação que envolve uma das maiores operadoras de telecomunicações do país.

“Foi com alguma perplexidade que o STPT recebeu um ofício do gabinete do senhor primeiro-ministro, datado do passado dia 8, a encaminhar a questão da venda da Altice Portugal para o gabinete do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa”, começa por dizer o sindicato.

“Ora, os negócios jurídicos relativos a operações de ativos estratégicos, como é o caso das telecomunicações, que colocam em causa a defesa e segurança nacional, não fazem parte das competências do secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa”, afirma o STPT.

E questiona-se sobre se o chefe do Executivo quer “desviar a atenção” para aprovar um negócio que afete as condições de trabalho dos milhares de trabalhadores do grupo ou se acha que as associações sindicais não devem receber informação.

Os representantes dos trabalhadores destacam ainda que Altice Internacional, assessorada pelo banco francês Lazard, está a receber propostas de compra da Altice Portugal. Inclusive, recebeu 23 propostas para a dona da Meo e o número deverá subir até ao final deste mês, como avançou o Jornal Económico, portanto a operação está a decorrer.

“Além da circunstância excecional, por força do interesse público, de o Governo poder exercer o seu direito de oposição à venda, nos termos acima referidos, o STPT preocupa-se com as consequências que da mesma possam vir a resultar para os trabalhadores”, concluem.

Ler artigo completo