O anterior balanço apontava para três mortos e mais de uma centena de desaparecidos.
O barco de madeira a motor estava sobrecarregado e afundou-se no no rio Lukenie, no território de Kutu, na província de Mai-Ndombe.
A embarcação dirigia-se para Nioki, "transportando cerca de 300 pessoas e mercadorias e afundou-se", disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) o administrador do território de Kutu, Jacques Nzenza.
"Segunda-feira, foram encontrados quatro corpos e hoje foram recuperados outros 16, incluindo um bebé de nove meses", informou Nzenza, acrescentando que as buscas prosseguem.
O acidente ocorreu quando o barco, que "navegava de noite, bateu em alguns pedaços de madeira" perto de uma aldeia de pescadores a cerca de 600 quilómetros a nordeste de Kinshasa, contextualizou.
"Estamos sempre a relembrar que é proibido navegar à noite, porque é muito perigoso", disse.
Todavia, alguns proprietários de embarcações fazem-no, "em cumplicidade com certos serviços do Estado", lamentou.
A República Democrática do Congo, país que faz fronteira com Angola, tem muito poucas estradas viáveis e as viagens fazem-se frequentemente em lagos, bem como no rio Congo e nos seus afluentes.
Os naufrágios são frequentes devido às embarcações, muitas vezes precárias, que estão frequentemente muito carregadas, e devido à sinalização quase inexistente.
Em 2019, um naufrágio no lago Kivu causou a morte de uma centena de pessoas no território de Kalehe, no leste do país.
A falta sistemática de uma lista de passageiros complica as operações de busca.
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