O número de mortos nos protestos em várias cidades da Venezuela contra os resultados oficiais das presidenciais, que dão a vitória ao presidente Nicolás Maduro, subiu hoje para 24, avança a AFP, que cita grupos de defesa dos direitos humanos.
De realçar que o último balanço dava conta de 11 mortes. A Venezuela regista desde a semana passada protestos em várias regiões do país, alguns deles violentos, contestando os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o CNE atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.
A oposição venezuelana e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente.
O CNE ainda não publicou - como exigido por lei - as atas que certificam a vitória de Maduro, alegando que o seu sistema informático sofreu um ciberataque.
A oposição acredita que se trata de uma manobra para não revelar os verdadeiros resultados e publicou as atas de cada posto de votação.
Segundo estes documentos - cuja validade é rejeitada por Maduro -, Gonzalez Urrutia venceu a votação com 67% dos votos.
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