SPIN, serviço criado pelo Banco de Portugal que permite a transferência utilizando o número de telemóvel ou o NIPC, no caso das empresas, em vez do IBAN, entra ao serviço na segunda-feira. Neste arranque, 14 instituições financeiras vão contar com o serviço.
O SPIN, o serviço do Banco de Portugal (BdP) que vai permitir realizar transferências utilizando o número de telemóvel em vez do IBAN ou, no caso das empresas, o Número de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC), vai estar disponível a partir da próxima segunda-feira. Uma solução que o regulador garante ser a “mais abrangente, universal e segura” no mercado.
“É uma solução de serviço público disponibilizada pelo Banco de Portugal aos bancos que, por sua vez, vão disponibilizá-la aos seus clientes”, afirmou Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, durante a apresentação do novo serviço nas instalações do regulador na Avenida Almirante Reis, em Lisboa.
Esta solução será disponibilizada na segunda-feira por 14 instituições financeiras, mas todos os bancos terão de o fazer até dia 16 de setembro. “Será a solução de pagamentos mais abrangente, universal e segura que o mercado terá, sem ser necessário fazer adesões, instalar aplicações ou associar cartões”, referiu, notando que vai ser disponibilizada nos diferentes canais dos bancos, sejam digitais ou ao balcão.
“Não é preciso qualquer ação por parte do utilizador para enviar fundos” e será “simples na receção”, sendo necessário associar o número de telemóvel ou o NIPC ao IBAN, detalhou Hélder Rosalino, explicando que não terá custos adicionais. “Não vai ser possível cobrar pela utilização desta funcionalidade como não é possível cobrar pela solução de confirmação do beneficiário”, já em funcionamento.
Além disso, será uma funcionalidade “inclusiva” por estar disponível para todos os utilizadores, sejam particulares ou empresas. Funciona, contudo, apenas entre contas de instituições registadas no sistema SICOI (Sistema de Compensação Interbancária). Pelo menos “para já”, referiu Teresa Cavaco, diretora do Departamento de Sistemas de Pagamento do Banco de Portugal, referindo que há neste momento uma discussão europeia para a criação de um mecanismo semelhante.
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