Stop convoca greve de professores para a época das provas de aferição

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Educação

06 mai, 2024 - 15:01 • Lusa

Entre maio e junho decorrem as provas de aferição para os alunos de 2.º, 5.º e 8.º ano de escolaridade.

A partir de terça-feira há greve nacional de professores à avaliação e ao trabalho associado às provas de aferição. O protesto foi convocado pelo Stop, Sindicato de Todos os Profissionais de Educação. A greve justifica-se pelo facto de "os profissionais de educação continuarem sem uma avaliação justa e transparente, que mantém as cotas", defendeu André Pestana. O líder do Stop apontou ainda como justificação "as muitas aulas que os alunos perderam o ano passado para realizar as provas de aferição, que sobrecarregaram muito os profissionais de educação".

Numa conferência de imprensa, em Coimbra, o dirigente sindical salientou que a greve "é uma forma de pressionar o Governo para prestar atenção ao que se está a passar na escola pública", considerando que deve existir uma discussão com os professores para aferir se fazem sentido as provas de aferição.

"Os pais e os avós percebem que provas de aferição, particularmente em formato digital, têm criado muita ansiedade e muito stress desnecessário, porque estamos a falar de crianças do segundo ano, com 7 anos", sublinhou. Por outro lado, André Pestana frisou que existe "uma grande disparidade ao lidar com as tecnologias e também disparidade entre escolas relativamente a plataformas e o próprio acesso [da Internet] aos computadores portáteis".

"Os alunos estão a perder aulas, porque as provas de aferição implicam a perda de muitas aulas do ensino de aprendizagem normal e sobrecarregam também os profissionais de educação que já estão muito sobrecarregados e, por isso, é uma má gestão de recursos humanos", afirmou Pestana.

Segundo o coordenador do Stop, a greve pretende que o Governo altera estes modelos e canalize "a energia para o ensino e aprendizagem", evitando que os alunos "percam tantas aulas" e a avaliação dos docentes não seja "uma farsa, com cotas totalmente artificiais".

"Tem de haver um modelo especial de avaliação e remuneratório, não apenas para os diretores de escola, mas para todos os profissionais de educação", exigiu André Pestana.

Os pré-avisos de greve dirigidos a todos os trabalhadores docentes e com funções docentes foram emitidos até ao final de maio.

Entre 2 e 13 de maio as escolas podem realizar as provas de aferição do 2.º ano de Educação Física e Educação Artística, que marcaram o início de mais um ano de provas e exames nacionais. Depois, entre 16 e 27 de maio, chega a vez dos alunos do 5.º ano mostrarem os seus conhecimentos em Educação Musical e os do 8.º ano realizarem as provas da componente de produção e interação orais de Inglês.

As provas prosseguem em junho.

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