"O financiamento prometido é metade dos quatro mil milhões de euros necessários no Sudão e nos países vizinhos. Milhões de pessoas continuam a correr o risco de morrer à fome ou de serem obrigadas a fugir. E apenas metade dos países do G20 - as economias mais ricas do mundo - estão a contribuir, por isso, onde estão os restantes?", questionou o diretor nacional do NRC para o Sudão, Will Carter, num comunicado.
"A conferência de hoje foi uma tentativa real de reavivar os esforços globais para ajudar as vítimas do conflito brutal e esquecido do Sudão", disse Carter.
Os fundos prometidos "são desesperadamente necessários para salvar milhões de vidas: devem ser disponibilizados imediatamente".
O diretor apelou a que essas palavras sejam transformadas em ações que "ajudem a abrir rotas humanitárias e a ultrapassar os constrangimentos".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a guerra no Sudão criou "uma das piores crises do mundo", no encerramento da conferência, copresidida pela Alemanha e na qual participaram dezenas de países, a União Europeia, a União Africana e organizações internacionais.
A guerra no Sudão, que começou em 15 de abril de 2023 e já fez pelo menos 14 mil mortos, foi desencadeada pela rebelião do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido contra as Forças Armadas sudanesas, dando início a um conflito que envolveu a capital, Cartum, e outras partes do país.
O conflito conduziu também a uma das piores vagas de deslocações do mundo, com mais de 8,5 milhões de pessoas deslocadas internamente e de refugiados.
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