Suécia anuncia apoio recorde de 633 milhões à Ucrânia

7 meses atrás 67

"A razão pela qual continuamos a apoiar a Ucrânia é uma questão de humanidade e decência. A Rússia iniciou uma guerra ilegal, não provocada e indefensável", disse o ministro da Defesa, Pål Jonson, em conferência de imprensa.

Entretanto, a Hungria, o último país da NATO a ratificar a adesão da Suécia à organização, prepara-se para a apoiar hoje, de acordo com um pedido de votação feito pelo partido no poder.

"Peço ao presidente do Parlamento que inclua na ordem do dia da sessão de 26 de fevereiro a votação final do protocolo de adesão da Suécia ao Tratado da Aliança Atlântica, que pretendemos apoiar", disse no facebook o presidente do grupo parlamentar Fidesz, Mate Kocsis.

Após meses de atraso, o primeiro-ministro Viktor Orban já tinha dado um sinal favorável no sábado, durante o discurso sobre o Estado da Nação.

"Estamos no bom caminho para ratificar a adesão" do país nórdico "no início da sessão parlamentar da primavera", sublinhou, referindo-se a "medidas importantes tomadas para reconstruir a confiança".

O líder nacionalista, que se destaca na UE por manter laços estreitos com o Kremlin, há muito que dá o seu apoio de princípio à candidatura sueca, mas tem estado a arrastar os pés até agora.

Orban convidou o seu homólogo sueco, Ulf Kristersson, para uma visita à Hungria para restaurar a "confiança", após anos de acusações de deriva autoritária em relação ao governo húngaro.

O responsável sueco aceitou o convite, mas rejeitou a ideia de "negociações" e "exigências" no processo. Até agora, ainda não foi agendada qualquer visita.

Viktor Orban prometeu não ser o último a dar luz verde à adesão da Suécia à NATO, mas acabou por ser ultrapassado pelo parlamento turco, que a aprovou em janeiro, após 20 meses de negociações.

A Suécia anunciou a sua candidatura à NATO em maio de 2022, na sequência da invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que a Finlândia, que se tornou o 31.º membro da organização, em abril de 2023.

Os dois países vizinhos romperam assim com décadas de neutralidade pós-Segunda Guerra Mundial e, em seguida, com o não-alinhamento militar desde o fim da Guerra Fria.

Leia Também: Kyiv acusa Rússia de execução de seis prisioneiros em Avdiivka

Ler artigo completo