Suplemento extra para pensionistas vai custar pelo menos 400 milhões

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16 ago, 2024 - 19:40 • João Pedro Quesado

Paulo Rangel estima que valor possa ser "um pouco mais" alto, e diz que cerca de 2,4 milhões de pessoas vão receber o suplemento extra, de 100, 150 ou 200 euros.

O suplemento extraordinário anunciado por Luís Montenegro na Festa do Pontal esta quarta-feira vai custar pelo menos 400 milhões de euros aos cofres do Estado. A estimativa foi lançada esta sexta-feira por Paulo Rangel, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros que chefia o Governo durante as férias do primeiro-ministro.

Paulo Rangel disse que cerca de "dois milhões e 400 mil pessoas" vão receber o suplemento extraordinário às pensões, mas confessou, em declarações aos jornalistas, que a estimativa "precisa de um afinamento". Já o custo "poderá andar à volta de 400 milhões de euros, talvez um pouco mais".

A substituir Luís Montenegro como chefe de Governo durante as férias do primeiro-ministro, Paulo Rangel rebateu ainda acusações de eleitoralismo pela medida, que descreveu como "fundamental" acrescentando não compreender "como há tanta gente, nomeadamente dos partidos da oposição, que está incomodada com a medida que é uma medida social, que revela responsabilidade orçamental".

Segundo o anúncio de Luís Montenegro na Festa do Pontal, na quarta-feira, quem tem pensão abaixo dos 509,26 euros - o valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) - vai receber um apoio de 200 euros; quem tem pensão entre os 509,26 euros e os 1.018,52 euros vai receber 150 euros; e quem receber entre 1.018,52 e 1.572,78 euros vai ter um suplemento de 100 euros. Este apoio é único.

Na quinta-feira, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, criticou as medidas anunciadas como demonstração de que o Governo quer "ter umas eleições antecipadas", e criticou especificamente o suplemento extraordinário para idosos.

"É um suplemento que se repete apenas num mês e que não se repete nos outros meses. O PS fez seis aumentos permanentes nas pensões. Fizemos esse suplemento extraordinário num contexto inflacionário que não existe hoje. Retiro desta medida uma conclusão: o Governo quer, está convencido que precisa de ter umas eleições antecipadas. É a única razão para esta medida", declarou o secretário-geral do PS.

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